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A Nasa avançou em buscas de vidas em Marte graças a testes em deserto chileno

Marte (Foto: Nasa)

Um rover experimental da Nasa encontrou bactérias extremamente adaptáveis no subsolo do deserto chileno do Atacama, localidade na Terra mais parecida ao Planeta Vermelho.

Alguns dos organismos são desconhecidos, informou hoje (28) o jornal Frontiers in Microbiology.

O deserto do Atacama é um dos lugares mais secos da Terra, com altas concentrações de radiação ultravioleta. Estações meteorológicas nunca registraram chuva em algumas regiões do deserto.

O rover perfurou um buraco de 80 centímetros de profundidade e extraiu 90 amostras, descobrindo vários microrganismos.

“Nós encontramos micróbios adaptados aos mais altos níveis de sal, similares ao que se pode esperar da superfície marciana”, afirmou o professor nda Yale-NUS College, em Singapura, e coordenador do trabalho, Stephen Pointing.

Quão mais profundo vai ficando, a comunidade microbiana vai sendo predominada por bactérias, capazes de se adaptar a subsolos salgados e alcalinos.

Já no fundo da perfuração, as bactérias são substituídas por organismos unicelulares que usam metano para sobreviver.

No total, foram detectados três grupos de unicelulares — Chloroflexi, Actinobacteria e Alphaproteobacteria.

Os microrganismos encontrados no deserto aumentam a probabilidade da existência de organismos parecidos em Marte.

No entanto, pesquisadores ressaltaram que as condições no Planeta Vermelho são ainda mais duras.

Segundo Stephen Pointing, o rover autônomo demonstrou que pode recolher amostras do subsolo e encontrar vestígios de vida onde não há água nem nutrientes e com uma composição química do solo um tanto desfavorável para vida.

A Nasa está disposta a enviar um novo veículo robotizado para Marte em 2020 para procurar vestígios de vida microbiana passada ou presente no planeta.

JB

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