O tempo tem rituais e propósitos e estes nos convidam refletir e desapegar-nos do que não constrói para nos tornarmos coerentes, aprendendo a separar realidade da aparência através dos sentidos a partir das sensações, nos tornando sujeitos a alterações.
Entretanto, não é meta da Ordem nos tornar divinos, ou nos conduzir à vida eterna, na qual, ainda pairam dúvidas.
Ah! Quanto tempo perdido pensar noutra vida, quando nessa não vivemos o bastante! Santa ingratidão, o Criador caprichou na beleza da terra e os ingratos, loucos para fazer banda musical com os anjos, ao tempo em que, a vida, pôs nossos pais um em riba do outro, mas nascermos, nunca estão nos planos, só ruídos inconfessáveis, enquanto chatos querem a vida muito séria.
Porque nada é mais sério que os movimentos graciosos dos quadris femininos, enquanto crença carece reflexão e é passiva da dúvida. Contudo, ser irmão é ver no outro parte de si; é esforçar-se para que a harmonia entre cada um nasça da justiça, base da verdade.
Por outro lado, a mediocridade constrói néscios ressentidos com dom de adivinhação que comentam o que não leram ou o que não entenderam. Porem, o hábil em discernir, lê, se pronuncia e revela-nos existir, ainda, seres inteligentes e se a notícia não agrada, porque agredir o mensageiro?
Porém, aquele, sem autonomia pra pensar, distancia-se da razão e não questiona por ausência de lucidez argumentativa. Mas quem quer evoluir é consciente que as paixões humanas não são boas nem más, e que a fraternidade é a escolha consciente pela vida numa relação de igualdade.
Visto que Zeus; Mitra; Buda; Jeová; Alah; Bhagavad Gita; Oxalá, a sensual Iemanjá e o Grande Arquiteto do Universo, são uma só divindade que afirmam que é a inépcia que destrói relações e é o equilíbrio das nossas ações que amplia o poder da consciência.
No entanto, são risíveis religiosos que se guiam pelo livro: Bíblia e vão de encontro a Atos 4:32-35 que diz: “E era um coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que, coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”. Principio da Fraternidade universal e do espírito cristão.
De igual modo, soam agora, gritos de crianças morrendo sob chuvas de bombas ao lado das mães nesta infame guerra que, ao mesmo tempo, nos lembra da fuga de José para salvar seu filho Jesus, enquanto Aquele se fazia de mouco aos gritos atrás de si das mães pelas crianças que morriam por mando de Herodes, tendo em conta, que José tinha sido avisado por um anjo (Mateus 2:13,16), e nada fez para salvar as outras crianças.
Feira de Santana, XXIX de Outubro de MMXXIII.
Jessé da Costa Primo∴membro da Loja Maçônica Luz e Fraternidade 14.