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Amigo é coisa pra se guardar…cinco casos de ex-amizades que se tornaram inimigos de Bolsonaro

Bolsonaro transformou amigos em adversários

No dia 28 de outubro de 2018, quando foi eleito presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) estava cercado de amigos e aliados políticos, em sua casa, no Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro (RJ).

Quatro anos depois, no Dia do Amigo, o mandatário viu essa rede ruir e coleciona desafetos, entre os ex-aliados.

Um levantamento aponta cinco casos em que a amizade desmoronou e, após crises, se transformou em briga pública, sempre alimentada por declarações nas redes sociais e imprensa.

João Doria

O ex-governador de São Paulo se entusiasmou tanto com Bolsonaro que chegou a criar, em 2018, o termo “BolsoDoria”, para celebrar a aliança entre os dois. Em março de 2019, três meses após as posses de ambos, a dupla ruiu e, publicamente, rompeu.

O ápice do desentendimento ocorreu durante a pandemia. De um lado, Bolsonaro negava a doença e insistia com medicamentos sem comprovação científica. Do outro, Doria estimulava a fabricação de vacinas.

“Não fui eu que declarei que a Covid era uma gripezinha, não ofereci cloroquina à população e nem à ema do Palácio do Planalto. Não falei, também, que quem faz isolamento é covarde.

Todas essas afirmações são do presidente Bolsonaro, um notório negacionista, uma pessoa que se notabilizou internacionalmente como negacionista”, criticou Doria. O presidente, então, criticou o ex-amigo, dizendo que ele “fazia política com a vacina”

Wilson Witzel

Eleito na esteira do bolsonarismo e com relação estreita com as pautas do presidente, o ex-governador fluminense, Wilson Witzel, era um dos aliados mais próximos de Bolsonaro durante o período eleitoral de 2018.

A investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco começou a minar a relação.

Bolsonaro passou a dizer que o Witzel teria vazado informações do caso para o Jornal Nacional, para prejudicá-lo e ter vantagem em uma eventual candidatura à presidência em 2022.

Joice Hasselman

Eleita com mais de um milhão de votos em 2018, a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) era considerada a aliada mais próxima de Bolsonaro no Congresso Nacional. Parlamentar de confiança, era chamada para reuniões fechadas do governo e para apagar incêndios provocados pelo Palácio do Planalto.

Em 2020, Hasselmann não quis apoiar o filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para líder do PSL na Câmara e preferiu o delegado Waldir (PSL-GO).

Desde então, a parlamentar passou a ser atacada pela família, que a chamava, pejorativamente, de Peppa Pig.

Hasselmann acusou a família Bolsonaro de conduzir uma “milícia digital” no Palácio do Planalto para atacar desafetos da política e se aliou a João Doria, que a levou para o PSDB.

Gustavo Bebianno

Principal articulador da campanha de Bolsonaro em 2018, Gustavo Bebianno foi escanteado do governo após o primeiro ano de mandato. À época, presidia o PSL, partido que abrigava o presidente.

Bebianno passou a questionar a influência de dois filhos do presidente, o vereador fluminense Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Eduardo Bolsonaro no governo. O ex-presidente do PSL morreu em março de 2020.

Alexandre Frota

Também bolsonarista em 2018, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) rompeu com Bolsonaro após criticar, nas redes sociais, a tentativa de nomeação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira nos Estados Unidos.

Após se abster de votar na Reforma da Previdência, foi expulso do PSL.

Publicamente, trocou ofensas com Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro e amigo pessoal de Eduardo Bolsonaro. Em 2021, se aliou a João Doria e se filiou ao PSDB de São Paulo.

Governo bolsonarista é medíocre.

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