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Ano eleitoral amplia gastos na Micareta inviabilizando o social/por Carlos Lima

Micareta 2019

Não preciso mais desacreditar que o feirense tem memória curta, mas como em nossa terra “se plantando de tudo dá”, porque, “nada se cria tudo se transforma”.

Fiquei maravilhado com o retorno da divulgação Micareta em Salvador. Fato ocorrido no último governo de José Falcão, quando Antônio Carlos Machado, na época, era o Secretário de Cultura Esporte Lazer e Carlos Antônio de Lima era o Chefe de Gabinete.

Foi realizado concurso para o cartaz da Micareta e feito folders (prospectos) sobre a divulgação da maior festa popular de Feira de Santana.

Sendo eles distribuídos na semana que antecedeu o carnaval, em hotéis, restaurantes e pontos turísticos da capital baiana. Durante os festejos  uma equipe fazia distribuição dirigida nos camarotes e principais circuitos da festa.

Iniciativa foi  da Secretaria de Cultura que elaborou e mandou imprimir todo material de divulgação, além de colocar três outdoors nos pontos mais movimentados da capital. Todo material foi aprovado pelo prefeito José Falcão.

Atualmente o fato que é lançado como novidade pelo secretário Edson Borges para a Micareta desse ano, que acontece entre os dias 23 e 26 de abril. Ano eleitoral  o que não foi o caso do governo José Falcão.  As eleições já tinham ocorrido.

O prefeito Colbert, em ano eleitoral, se aproveita do momento para resgatar como se novidade fosse o que aconteceu no passado.

Retira recursos vitais da sociedade para promover e projetar  sua campanha política, tendo como disfarce a Micareta.

A realização do lançamento da Micareta em Salvador, está agendada para o dia 6 de fevereiro, destinada a convidados e a imprensa soteropolitana. Tendo como objetivo cooptar  divulgação “Free”, o que poder ser considerado como um grande engodo. No máximo, pequena nota do evento e algo mais consumível publicitariamente entrarão no rol de propaganda paga.

Outra novidade, tida como extraordinária, será a criação de novo espaço para apresentação de shows, a ser montado no largo existente entre os cruzamentos da Avenida Maria Quitéria com a Presidente Dutra,  para espetáculos na quinta e no domingo.

Terrível equívoco. Deveriam ter pensado, estudado e encontrado uma solução de valorização para o espaço Quilombola. Nada de novo foi comentado.

Outro fato seria a possibilidade do retorno dos camarotes em determinada área do circuito Maneca Ferreira, desse modo, os blocos poderiam receber forte incentivo de participação. A presença de blocos na Micareta de 2019 foi pífia e desprovida de atrações e foliões.

Falar em investimento de 6 ou 7 milhões de reais foge da realidade diante do que se ofertará à comunidade, quando alardeiam ser a Micareta o maior carnaval fora de época do Brasil.

Por que não passa de uma festa praticamente doméstica, que vem perdendo seu brilho e força ao longo dos últimos 20 anos, como se fosse algo intencional.

Carlos Lima

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