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APOSTILA DE INSTRUÇÃO PARA O VERDADEIRO APRENDIZ – PARTE 3

Vamos continuar estudando e aprendendo.

Viagens

Esse é um questionário para aperfeiçoar o seu aprendizado, serve de indicativo na Maçonaria Simbólica.

P – Inicialmente onde foste preparado para ser recebido como Maçon?

R – Primeiro no meu coração.

P – E depois?

R – Na Câmara das Reflexões.

P – Quem vos conduziu a ser Maçom?tem

R – Um amigo, que, mais tarde, verifiquei ser irmão.

P – Como você foi preparado?

R – Fui despojado de todos os metais, vendado, joelho direito, braço esquerdo e peito desnudos e o calçado esquerdo trocado por um chileno.

P – Por que foram tirados os metais?

R – Para que não levasse nada ofensivo ou defensivo para o interior da Loja que pudesse perturbar a sua harmonia.

P – Não haverá outra razão?

R – Como era recebido Maçon em estado de pobreza, lembrou-me isso, que deveria socorrer os irmãos necessitados desde que fossem merecedores, não sendo, também.

P – Não tem ainda outra razão?

R – Sim, na edificação do Templo de Salomão não se ouviu o som de nenhuma ferramenta metálica.

P – É possível que um edifício tão suntuoso como é o Templo de Salomão pudesse ser construído e concluído sem o auxílio de ferramentas de metal?

R – Tanto foi possível que foi construído com a maior regularidade e perfeição. As pedras foram desbastadas nas pedreiras e ali aperfeiçoadas, cinzeladas, marcadas e numeradas.

As madeiras foram cortadas nas florestas do Monte Líbano e igualmente lavradas, talhadas, feitas as esquadrias, marcadas e numeradas, conduzidas do Líbano a Jope pelo rio e deste a Jerusalém, onde, no local escolhido para a maravilhosa construção, eram colocadas com alçapremas e grandes toros de madeira e outros utensílios expressamente preparados para esse fim.

P – Por que prepararam esses materiais a tão grande distancia?

R – Para demonstrar a excelência dos trabalhos dos irmãos Maçons do Tiro, dirigidos pelo Mestre Hiram, porque, embora os materiais fossem preparados a tão grande distância, que quando os juntaram em Jerusalém, as peças encaixaram-se com tal perfeição que pareciam mais obra do Grande Arquiteto do Universo, do que de mãos humanas.

P – Por que se proibiram as ferramentas e utensílios de metal?

R – Para que o Templo não fosse profanado.

P – Como e porque se profanaria o Tempo, se na sua construção os irmãos usassem ferramentas de metal?

R – Conforme o capítulo XX do Livro do Êxodo, o Todo Poderoso disse a nosso irmão Moisés: “Um altar de terra me levantarás e nele me oferecerás o teu sacrifício de Paz, mas se o edificares de pedra, esta não será lavrada, porque se passar por ele, na sua construção, algum utensílio de metal, ficará o altar profano, e os sacrifícios, que, sobre o mesmo me ofereceres, não serão recebidos”.

Ora, o grande Salomão, compreendendo que a Maçonaria era uma Instituição Divina e que o Templo que se estava construindo era para ser dedicada, exclusivamente ao GRANDE Arquiteto do Universo, proibiu que se fizesse uso de qualquer instrumento de metal, nos trabalhos da edificação do Templo.

P – Por que o profano é introduzido na Loja com os olhos vendados, no momento de sua iniciação?

R – Porque, dado o caso de se recusar a passar por algumas das cerimônias de iniciação, possa se retirar sem ter visto o Templo na sua forma ou detalhes.

P – Não haverá ainda uma segunda razão?

R – Sim. Recebido na Maçonaria com os olhos vendados, lembra que do mesmo modo devem estar os que não pertencem à Ordem Maçônica, não consentindo jamais que um profano possa obter a Luz, se não de uma forma regular e legal.

P – Haverá ainda um terceiro motivo para se vendar os profanos?

R – Certamente. O profano entra vendado para que o seu coração sinta primeiro as emoções, antes que seus olhos possam contemplar o que se passa.

P – E por que entra o profano com um chileno no pé esquerdo ou descalço?

R – É uma alegoria ao costume usado antigamente pelos nossos irmãos do Oriente e que significa a solenidade da obrigação que vai contrair.

P – Preparado dessa maneira, para onde é conduzido o profano?

R – À porta da Loja.

P – Como está essa porta?

R – Fechada e coberta pelo irmão cobridor.

P – Qual é o dever do irmão cobridor nesse posto?

R – Empunhando uma espada, evita a entrada dos profanos e examina se os candidatos se acham devidamente preparados.

P – Achando-se o profano vendado, como poderá entrar?

R – Depois de bater três pancadas rápidas com o malhete que lhe apresentam.

P – Que significa essas três pancadas?

R – Que, por ser profano, não conhece o Livro da Lei, que mais tarde o ensinará a bater por formas diferentes, conforme o grau dos Maçons que se acham reunidos.

P – Há outra razão para essas três pancadas?

R – Sim. Representam uma grandiosa alegoria.

P – Que alegoria é essa?

R – As três promessas de todos os tempos e de todas as crenças.

P – Quais são essas promessas?

R – Batei e se abrirá  –  Pedi e obtereis  –  Buscai e achareis.

P – Ao abrir-se a porta, o que acontece ao profano?

R – É detido pelo Guarda do Templo.

P – Tem mais outros deveres o Guarda do Templo?

R – Sim. Dar entrada aos Maçons após respectivo exame. Recebe os candidatos, verifica se estão devidamente preparados e obedece às ordens do 2º Vigilante.

P – O candidato poderá assim vendado, vir sozinho à Porta do Templo?

R – Não. Será sempre acompanhado de um irmão.

P – O que exige o Guarda do Templo ao irmão que acompanha o candidato?

R – Pergunta-lhe a quem é que conduz.

P – Que lhe respondem?

R – Que é um profano em estado de cegueira, que deseja ser iniciado nos Augustos Mistérios da Maçonaria, e que ali vem por livre e espontânea vontade

R – E depois?

R – Que esse candidato pretende obter os privilégios Maçônicos, porque é livre  e de bons costumes.

P – Que reponde o Guarda do Templo?

R – Que lhe diga o nome; idade; nacionalidade; profissão; estado civil e religião. Cumpridas essas formalidades, dá-se entrada ao profano.

P – E de que modo é o candidato recebido à entrada do Templo?

R – Com a ponta da espada encostada em seu peito.

P – E por que ele é recebido dessa maneira?

R – Para chamar-lhe a atenção pela seriedade da solenidade do ato.

P – Onde é conduzido depois o candidato?

R – Ao ocidente, entre colunas.

P – E depois?

R – Fazem-lhe perguntas sobre os fins a que se propõe ao entrar na Maçonaria, cujas respostas o candidato deve dar com toda liberdade, franqueza e sinceridade, conforme lhe ditar a consciência.

P – E depois?

R – É o candidato convidado a refletir novamente sobre a gravidade do passo que pretende dar, ainda se solicita para que desista se ainda não possui suficiente decisão e, por fim, se o profano insiste em ser recebido, a partir daí ele iniciará  as respectivas viagens.

P – E o que acontece a seguir?

R – Inicia as viagens.

P – Depois das viagens  e demais ritualísticas o que acontece?

R – O candidato é colocado entre as colunas e, em seguida, é interpelado se está inquieto com o compromisso prestado, e que esse compromisso vai ser novamente ratificado, após o candidato receber a luz, e que, se quisesse, era ainda tempo de se retirar.

P – E se o candidato insiste?

R – Então, lhe é dada a Luz à terceira pancada do malhete.

P – Como é dada a Luz?

R – A terceira pancada de malhete, o Venerável diz: “Faça-se a Luz”. A venda que estava sobre os olhos do candidato cai. E ele vê o Templo e todos os irmãos.

Carlos Lima

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