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APOSTILA DE INSTRUÇÃO PARA O VERDADEIRO APRENDIZ – Parte 8

As perguntas e respostas continuam - O Templo

Templo Maçônico

P – De que se compõe o interior de uma Loja Maçônica?

R – De adornos, símbolos, joias e móveis.

P – Fale sobre os adornos?

R – O pavimento em mosaico, a Estrela radiante e a Orla dentelada.

P – Onde estão estes adornos?

R – O pavimento em mosaico é o famoso solo da Loja; a Estrela radiante é a Glória ao centro e a Orla em cadeia é o remate dessa mesma Glória.

P – O que significa para os maçons esses adornos?

R – O pavimento em mosaico, com a sua variedade de quadros e cores (preto e branco), simboliza a grande diversidade das coisas que adornam e decoram toda criação, tanto na parte animada como na inanimada.

A Estrela radiante, ou seja a Glória, simboliza o Sol, que, iluminando a Terra, com a sua benéfica influência, vivifica toda a Natureza e espalha no gênero humano o resplendor da vida infinita.

A cadeia, formada por elos sucessivos, representa o Infinito, no qual todos os planetas, nos seus movimentos constantes, constituem um harmonioso cortejo ao redor do Sol, do mesmo modo que a corrente, com seus elos circundando a Loja reúne todos os Maçons para seus trabalhos no Bem e no Justo.

P – Por que foi escolhido o mosaico no solo dos Templos?

R – Para dar a conhecer e trazer sempre patente aos olhos dos Maçons a instabilidade das coisas humanas, quer estejamos num momento de prosperidade, quer estejamos em caminhos tortuosos da fraqueza, tentações e adversidades.

Desta forma, à semelhança do mosaico, passamos uma vida alternativamente cheia de contrariedades e incidentes, às vezes prósperos, outras na adversidade.

E assim, todo Maçon deve fixar seu olhar no mosaico e aprender a não fazer alarde nem ostentação de qualquer coisa, mas, ao contrário, andar com prudência, retidão e firmeza, trilhando sempre a estrada larga que a Fé nos indica, sustentada pela Esperança, cumprindo a Caridade e buscando constantemente se aproximar da verdade.

Se alguns Maçons estão destinados a ocupar cargos mais elevados do que outros, a Morte, inevitável e niveladora da humanidade, destrói as distinções da existência material, tornando, no túmulo, todos iguais e permanecendo somente na memória dos sobreviventes as tradições do BEM.

P – Quantas são as joias de uma Loja?

R – Três, cinco, sete e nove.

P – Como assim?

R – Três superiores, três auxiliares e três menores.

P – Não eram três, cinco, sete e nove, pode explicar?

R – As três superiores são: A do Venerável Mestre e as dos 1º e 2° Vigilantes; as sei inferiores são: As dos irmãos que desempenham outras funções na Loja.

P – Quais?

R –VENERÁVEL MESTRE por um compasso com as pontas  para baixo e um esquadro preso às pontas do Compasso. A do 1º Vigilante representa um nível e a do 2º Vigilante um prumo. Estas são três superiores.

P – E as auxiliares, quais são?

R – A do Secretário que é representada por duas penas entrelaçadas. A do Orador, ou homem da Lei, representada por um livro aberto, e a do Tesoureiro que é representada por duas chaves em aspas.

P – E as menores?

R- Também são três. As dos 1º e 2º Diáconos, representando pombas, e a do Chanceler, um círculo com a respectiva chancela da Loja.

P – Essas nove joias são as únicas usadas na Maçonaria?

R – Não. Existe ainda uma outra joia. Aquela que reúne em si todas as outras e, por isso é considerada a maior de todas.

P – Que joia é essa?

R – Representa um Sol de ouro, cujos raios luminosos iluminam os Grandes Orientes.

P – A quem é confiada essa joia?

R – Ao Soberano Grão Mestre.

P – Poderia me dar uma definição dessas joias por ordem de autoridade e responsabilidade na Maçonaria?

R – O Sol de ouro pendente no peito do Soberano Grão Mestre o investe da mais alta autoridade Maçônica.

Isso quer dizer que no exercício desse cargo e possuindo o mais alto grau na hierarquia, o Grão Mestre tem em suas mãos todo o Poder da Ordem, no Grande Oriente, cujas Lojas e Maçons são da sua obediência.

É portanto, o símbolo do Sol, que, como centro do nosso sistema planetário, ilumina e dá vida a todos os planetas que ao dele gravitam.

P – Não existe uma outra significação para esse emblema do grão mestrado?

R – Sim de grande importância exotérica.

P – Pode explicar?

R – Claro. Na Maçonaria simbólica, os números têm uma notável influência exotérica. É por isso que o ternário  se manifesta constantemente nos seus emblemas.

O número três representa, nos augustos mistérios da Ordem, o princípio geral de todas as coisas, só podendo existir em número íntegro, e esse número é o número 10.

Pois bm, o Sol radiante, que é a joia do Grão Mestre, significa a integração da Maçonaria em todas as manifestações da Criação e da Natureza.

P – Por que é integro e por que esse número 10 encerra, em si só, a mais elevada significação esotérica?

R – Os algarismos 1 e 0 formam o número 10. Como se vê, esse número é composto de 3 vezes 3, formando 9, e mais 1, formando 10.

Esotericamente o número 1 simboliza a unidade, isto é, o Supremo Arquiteto do Universo, e o algarismo 0 representa o infinito. Razão por que a joia do Grão Mestre, que pode ser a primeira quando está presente, significa, em escala ascendente, a décima, porque reúne em si todas as outras formadas de 3 em 3, conforme a categoria das funções que cada uma desempenha na Maçonaria.

O que também significa que, em virtude desse poder, o Grão Mestre, na Maçonaria, é Onipresente, Onividente e Onisciente, e, visto ser o Chefe Supremo da Ordem Maçônica, está sempre presente, tudo vendo e tudo sabendo.

P – E como ficam as demais joias?

R – As três principais que são: O compasso; o nível e o prumo. Já explicamos anteriormente, que são o Venerável Mestre e os dois Vigilantes. Quanto às outras, representam os diferentes cargos em Loja e não possuem significação esotérica.

P – Ainda em relação as joias, desejaria uma explicação mais ampla das três superiores, de que se revestem o Venerável Mestre e os dois Vigilantes?

R – Pois bem, temos o Esquadro, o Nível e o Prumo.

P – Explicai?

R – O ESQUADRO significa que devemos regular nossa conduta e nossas ações pela linha e pela régua Maçônica, corrigindo-nos e procurando harmonizar- nos nesta vida, para nos tornarmos dignos do Ser Supremo, de cujo poder tudo emana, e a quem devemos prestar estritas contas de nossas ações, palavras e pensamentos.

O NÍVEL nos ensina que todos somos da mesma origem, ramos de um só tronco e participantes da mesma essência.

Porque, se é preciso que existam distinções entre os humanos, para restabelecer a devida subordinação no mérito de cada um, não há posição por mais elevada, que possa fazer esquecer ao Maçon que todos somos irmãos; e  que aquele que se acha colocado em baixo, no último raio da roda da fortuna se é virtuoso, é tão merecedor do nosso respeito e carinho como aquele que se acha colocado bem alto nessa mesma roda da fortuna.

O PRUMO , que, como a escada de Jacó, forma o traço de união entre o céu e a terra, é o critério da retidão moral e da verdade, ensinando-nos a marchar com a firmeza e direitos ao ser ao Ser Supremo, não nos desviando dominar pela avareza, injustiça, perversidade e inveja, e conduzir o bastão da vida com a mão firme no leme, não abandonando nunca a bússola que o guiará aos mais altos graus da perfeição a que a criatura humana pode aspirar, porque, assim como o obreiro Maçon levanta a sua coluna pelo Nível e pelo Prumo, do mesmo modo deve conduzir-se na vida de relação, tendo sempre às suas vistas a balança da Justiça, pesando nela as suas próprias ações, tendo sempre diante de si a eternidade, com o olhar fixo no Esquadro, no Nível e no Prumo, símbolos de moralidade, igualdade e retidão.

P – Dizem que essas três joias são móveis, por que?

R – Porque as usam o Venerável Mestre e os Vigilantes, e estes as transferem aos seus sucessores nas solenidades da posse das novas administrações.

Carlos Lima

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