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Astrônomos descobrem “super-Terra” a 33 anos-luz de distância

Astrônomos descobrem uma super terra

Na Espanha, cientistas do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC) descobriram um planeta do tipo super-Terra a pouco menos de 33 anos-luz da Terra.

A informação foi dada nesta terça-feira (15), informa o UOL.

O planeta descoberto orbita em torno de uma estrela e é um forte candidato para ter sua atmosfera estudada.

Um estudante de doutorado do IAC e da Universidade de La Laguna, Alejandro Suárez Mascareño, e seus orientadores, os pesquisadores Rafael Rebolo e Jonay Isaí González Hernández, foram os responsáveis pela descoberta e o estudo foi aceito pela revista especializada “Astronomy & Astrophysics”.

A super-Terra tem cerca de 5,4 massas terrestres e orbita em torno de uma estrela próxima muito brilhante, a GJ 536.

Segundo o comunicado do IAC, o curto período orbital do planeta extrassolar – 8,7 dias – e o brilho de sua estrela – uma anã vermelha relativamente fria e próxima de nosso Sol – o transformam em um candidato atrativo para que a composição de sua atmosfera seja investigada.

Foi descoberta também a presença de um ciclo de atividade magnética na estrela similar ao do Sol, mas com um período inferior a 3 anos.

O cientista explicou que, até agora, só foi detectada a super-Terra GJ 536 b. Já existem planos, no entanto, de continuar com o monitoramento da estrela para identificar outros possíveis astros extrassolares. Suárez acrescentou que os planetas rochosos costumam aparecer em grupos, especialmente em estrelas deste tipo.

Os pesquisadores do IAC acreditam que vão encontrar outros planetas de baixa massa (outras super-Terras) a órbitas mais distantes, com períodos de aproximadamente 100 dias a até alguns anos

Por sua vez, Jonay Isaí González afirmou que este exoplaneta rochoso orbita uma estrela muito menor e mais fria que o Sol, mas suficientemente próxima e brilhante.

Além disso, é observável de ambos os hemisférios do nosso planeta. Por esta razão se apresenta como um candidato compatível para os presentes e futuros espectrógrafos de alta estabilidade, em particular para a possível detecção de outro planeta rochoso na zona habitável da estrela, acrescentou González.

A detecção deste planeta ocorreu por um esforço conjunto entre o IAC e o Observatório de Genebra, usando os espectrógrafos HARPS (sigla em inglês para Buscador de Planetas por Velocidade Radial de Alta Precisão) do Telescópio ESO, no Observatório de La Silla (Chile), e HARPS Norte, situado no Telescópio Nacional Galileu (TNG), do Observatório del Roque de los Muchachos, em Garafía (La Palma), nas Ilhas Canárias.

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