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Bate maçonicamente na porta do Templo, por Carlos Lima

Bate maçonicamente na porta do Templo

Não sei bem se estou maçonicamente correto. Depois de iniciado estudei e apreendi que a Maçonaria é universal, completamente filosófica, filantrópica, educativa e “progressista”.

Nos seus quadros existem pessoas de todas as raças, credo, e nacionalidades, os quais são acolhidos por indicação, iniciados e  congregados em lojas e potências, nas quais, orientados por símbolos e alegorias, tendo como finalidade trabalharem na construção de um mundo melhor, apoiado na tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

 Entretanto pouco tenho encontrado no que diz respeito ao aumento da satisfação na presença em oficina.

O aumento da satisfação pessoal no acolhimento, no treinamento, no estudo, nos graus e no aprendizado tem apresentado e em alguns casos tem ampliado as incertezas.

Uma das deficiências que se pode identificar com mais rapidez é não saber receber e usar as críticas de forma positiva. O problema e que somos iguais na “ORDEM” e diferentes no “DNA”.

Algo já existente no meu comportamento como ser humano, encontrou ressonância na Maçonaria que é a luta irreversível pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social de todos os seres humanos, acrescentando o cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da benevolência e da investigação da verdade.

No entanto, determinados comportamentos, em alguns irmãos, nem sempre reflete a essência da Maçonaria.

Em virtude de tal situação gera-se um desânimo inicial, que na maioria das vezes provoca, ausências, afastamentos, dissidências e em outros casos “CISÕES”.

Algumas oficinas não se preocupam com essa premissa.

A pátria, por exemplo,  é um nome lembrado apenas – quando consta do Rito – na apresentação da Bandeira e na simbologia do Rito.

Sobre a pátria absolutamente nada.

As questões coletivas que dizem respeito a humanidade e ao povo, nada.

Dessa forma se constrói uma oficina maçante, pachorrenta e que não estimula a participação dos seus membros.

Por isso mesmo não existe como se evitar, independentemente das reações individuais, criticas ou fugir delas

A Maçonaria possui uma diversidade de temas que estimulam o estudo, a pesquisa, o debate construtivo e o conhecimento em sua extensão mais ampla.

Quanto mais nos aprofundamos na Maçonaria maior é a necessidade de aprender. Aprender também a lidar com o desconforto de ouvir algo que nem sempre concordamos.

Aprendi ao longo de minha vida que as percepções negativas que os outros têm, torna-se um incentivo para aprender mais e crescer como ser humano.

A Maçonaria tem, também, como princípio a afirmativa de que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico.

No entanto essa afirmação é desconhecida da maioria dos irmãos, ou abandonada propositalmente.

Posso perguntar?

Onde se encontra a identificação do Maçom como um “CONSTRUTOR SOCIAL”?

 A Maçonaria afirma que todo homem acusado de delito tem o direito de ser presumido inocente até que sua culpa tenha sido provada em todas as instâncias da lei, em julgamento justo, no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.

Acredito que devo terminar por aqui.

Tenho enfrentando algumas barreiras. Natural. Mas me declaro Maçom por convicção e fiel aos seus verdadeiros princípios.

Mas ainda quero dizer que tudo pode ser modificado. O rio deve correr no seu leito. Errar é humano e negar a imperfeição é negar a qualidade de ser humano.

A Maçonaria não é orgulhosa. Portanto, não seja orgulhoso para admitir os seus erros e evite pensar na crítica como um ataque pessoal

Nunca esqueça de que a Maçonaria combate incansavelmente a ignorância, o fanatismo, a superstição, o obscurantismo e a tirania em todas as suas formas, lutando sempre pela felicidade da humanidade

 

Carlos Antonio Lima – CIM 914 – ARLS ESTRELA DA PAZ N° 10 – GOBA

caloslima@cljornal.com.br

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