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Bolsonaro: cadáver insepulto foi alvo de imerecida homenagem em Manaus/ Por Sérgio Jones

Ele, o zumbi

O presidente genocida Jair Bolsonaro é uma espécie de cadáver insepulto no planalto. Tipo que ainda não foi e resiste, pateticamente, em ser sepultado, persiste de forma obsessiva em permanecer em sua decadente forma física e política.

Consta que na agenda presidencial que o morto vivo em uma visita feita à Manaus. Ato ocorrido em uma sexta-feira, em 23 de abril. Teve como objetivo inaugurar obras num centro de convenções e entregar cestas básicas às famílias carentes.

Mas o fato inusitado é que durante a visita o infenso e medíocre presidente foi homenageado com o título de cidadão amazonense concedido por 13 dos 24 deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

Se imaginarmos que o Estado foi o primeiro a enfrentar a tragédia sanitária da pandemia do novo coronavírus e que, em janeiro, mais de 40 pessoas morreram por falta de oxigênio nos hospitais públicos.

Em que nesse mesmo trágico período, Bolsonaro declarou de forma cínica e irônica que “não é competência nossa levar e nem atribuição nossa, levar o oxigênio para lá, damos os meios”, pronunciamento realizado quando sai em defesa de seu subserviente ex-ministro general Eduardo Pazuello, acusado por omissão criminosa na crise no Amazonas.

Consta que entre os nomes dos deputados que prestaram tal homenagem se encontra o da deputada estadual Nejmi Aziz, mulher do senador Omar Aziz, ambos do PSD. Ele foi indicado a assumir à presidente da CPI da Pandemia, que tem como finalidade investigar as denúncias de omissão do governo federal no Amazonas.

Logo após a denúncia da divulgação da honraria, Nejmi em uma nota encaminhada à imprensa alegou que se encontrava ausente do plenário naquele momento e também negou ter votado a favor da concessão do título ao presidente da República.

O ato atentatório à dignidade humana foi apresentado em Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Delegado Péricles (PSL).

Dos deputados presentes ao plenário da Casa, apenas Serafim Corrêa (PSB) votou contra ao PL.

O hilário em toda essa espécie de circo mambembe é que o projeto constando apenas de seis páginas, não expõe ações de Bolsonaro para receber a honraria no Amazonas.

Outras gafes foram cometidas em sua elaboração como o fato em que foi grafado de forma errada o nome da cidade onde nasceu o presidente. “Nasceu em Campinas/SP no dia 21 de março de 1955”, diz o projeto.

Quando a bem da verdade, o genocida é natural de Glicério, município no noroeste do Estado de São Paulo. Os percalços não param por aí e continuaram a acontecer ao longo de todo o ritual macabro.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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