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Bolsonaro, lídimo representante da imbecilidade coletiva brasileira/ Por Sérgio Jones*

Cópia mal feito do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e de seu ministro da Justiça e Segurança Pública, o escabroso Sérgio Moro. Formam uma parceria macabra que está gerando a destruição sistemática das instituições, da nação brasileira. O grande questionamento a ser feito é, até quando esta bizarrice irá se manter?

O país vive uma situação política atípica, após o surgimento dos dois “mitos” do Brasil, após a era Lula. Coloca os dois no lodo da história tal qual Collor de Mello, que na época dele se utilizou do discurso de caçar marajás. E o resultado de todo este ciclo resultou em impeachment.

O atual e suspeito presidente venceu o último pleito eleitoral se utilizando de Fakes News, sob o argumento falacioso de que iriam salvar o Brasil das garras infectas da corrupção, da violência e da “praga da esquerda”. Discurso demagógico que foi muito bem aceito por uma sociedade hipócrita e portadora de grandes doses de conservadorismo.

Na visão distorcida e de toda a sua escória de seguidores é de que os seus antecessores políticos haviam arruinado o país privando-o de dois pilares básicos da sociedade: sua essência moral e religiosa. Mas esqueceu que tanto ele como os milicianos deles, é que todos estão atolados, até o pescoço, em ações ilícitas.

O mito no que tange a emporcalhada figura do ex-juiz Moro, o responsável principal pela Operação Lava Jato, que tinha como premissa básica realizar uma faxina moral. Traçando um combate sem trégua contra a corrupção de políticos e empresários famosos. Era totalmente outra, por trás de toda esta cortina de fumaça se escondia o inconfessável desejo apear a presidente Dilma, legitimamente eleita, do poder.

Mas ao que parece atiraram no que viram e acertaram no que não viram. Esqueceram os “paladinos” que a moeda tem duas faces, e que os bandidos não tinham lados, no decadente sistema político brasileiro, que de maduro está caindo de podre. O que impede que nesta fita de cowboy caboclo existam as figuras do mocinho e do bandido. Aqui nas terras cabralinas todos são bandidos, desde tempos imemoriais. É uma questão histórica que atinge a tudo e a todos, de forma indistinta.

Esta aproximação promíscua não poderia poupar nem mesmo os aliados desta cruzada bestial. A sua insistência acabou colocando como vítima, do fogo amigo, os seus próprios aliados de copo e de cruz. A tolerância entre os dois “mitos” é frágil. Para que esta relação, entre ambos, se torne autofágicas, é só uma questão de tempo. Resta saber, qual deles primeiro engolirá o outro.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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