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Bolsonaro: o farsante/ Por Sérgio Jones

O que mais impressiona neste desgoverno do inepto presidente, Jair Bolsonaro e toda a sua caterva têm sido a sua total incapacidade de se utilizar até mesmo, dos mais primários conceitos da lógica.

Prova consistente nos é apresentada quando ele publicou em suas redes sociais neste domingo (24), um trecho da lei de abuso de autoridade a respeito de divulgação total ou parcial de gravações. Utilizando-se para isso, do artigo 28.

No qual explicita: “Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou imagem do investigado ou acusado”, diz o trecho. “Pena – detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos”.

A publicação do presidente ocorre dois dias depois de o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantar o sigilo do vídeo da reunião ministerial que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro usa como prova de que o presidente teria tentado interferir na Polícia Federal.

O que causa mais indignação na utilização deste recurso pelo atual presidente na tentativa justificar os seus pretensos direitos, é que o mesmo não aconteceu durante a divulgação de grampos telefônicos de conversas mantidas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. O sigilo foi derrubado por Sérgio Mouro, ato que foi considerado flagrante violação à Constituição, ao divulgar tal conversa.

No caso de Bolsonaro, o problema acontece em função de no sábado (23), o Estadão ter publicado mensagens trocadas entre Bolsonaro e Moro em que evidenciam o presidente falando sobre a Polícia Federal, e não da sua segurança pessoal, como tem alegado. O presidente decidiu que o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, seria demitido, sem dar ao ministro qualquer alternativa.

O que fica evidenciado é que para essa escória política que tomou de assalto o poder no Brasil, todos os meios, até mesmo os mais ignóbeis, são aceitos desde quando justifique os fins.

Prática que se torna muito visível neste triste e atroz momento de nossa história. Enquanto isso, o covid-19 avança, as mortes se sucedem e o governo de zumbis só pensam em “salvar” a economia. Que mesmo antes da pandemia se instalar no Brasil, já se encontrava totalmente depauperada, como se diz popularmente, na bacia das almas.

Sérgio Jones, jornalista (ergiojones@live.com)

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