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Brasil: ilha de privilegiados em meio a um oceano de miseráveis/ Por Sérgio Jones

O mar de miseráveis no Brasil

De acordo com índices levantados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estes apontam que a distribuição de renda continua concentrada no Brasil e sistematicamente agravada no governo do Coisa Ruim (Jair Bolsonaro).

Neste desgoverno houve um significativo aumento frente a 2015, quando o indicador de desigualdade chegou ao menor patamar da história do país.

O grau de desigualdade brasileira ocupa os primeiros lugares no ranking mundial. Amostragens recentes deixam transparecer que o Brasil é o país mais desigual do mundo perdendo inclusive para Botsuana, país considerado como o mais desigual da África do Sul.

Tomando por base O Índice de Gini, que mede a concentração de rendimentos e quanto mais perto de um, pior a distribuição, ficou em 0,543 em 2019, pelos dados da Síntese dos Indicadores, com uma leve queda em relação a 2018, mas perdemos terreno.

Em 2012, esse mesmo índice era de 0,540. Chegamos a 0,523 em 2015, mas a recessão entre 2015 e 2016 e a recuperação seguinte mais forte para a camada mais rica da população pioraram a distribuição de renda no Brasil.

Segundo a Síntese, os 10% mais pobres, “embora mantendo uma parcela em torno de 1% do total, perderam 17,5% de participação” de 2012 a 2019”. Entre os mais ricos, não houve alteração.

Os 10% que têm mais renda continuam se apropriando da mesma parcela de recursos: em 2012, concentravam 43% da renda. Em 2019, 43,1%. No Sudeste e no Nordeste, houve até aumento dessa participação nesses anos.

De acordo com a ciência tal situação é agravada no enfrentamento da pandemia em cidades do porte de São Paulo. O que passa a ser considerado como extremamente desafiador devido a heterogeneidade existente.

“Enfrentar a pandemia em São Paulo é algo extremamente desafiador devido à heterogeneidade. É o que garante o professor Adorno titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP à Agência FAPESP.

Sérgo Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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