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Carlos Lima: o vale tudo nunca será regra

Carlos Lima

Nesses tempos de indecisões citar nomes não é conveniente, sempre mantive essa atitude por prática, embora isso seja muito difícil no momento quando retrocessos estão presentes o vale tudo virou regra para muita gente.

Para esses, não é importante os meios o concreto é alcançar os objetivos;

qualquer situação, qualquer atitude, performance são consideradas justificáveis.

A algum tempo atrás fui procurado por alguns assessores políticos que tentavam me intimidar e reduzir as críticas que fazia em meu programa.

Alguns chegaram a dizer que eu seria afastado.

Quis me preparar para as possíveis consequências, Não deu tempo.

Atualmente não recebi, ainda, ameaça dessa natureza.

Sei que a linha de seriedade e respeito a verdade não agrada a determinados políticos que se acham indeléveis autoridades.

Jamais podem me acusar de que utilizei os microfones da emissora para faltar com a verdade, mentir ou denegrir a imagem da família e de pessoas.

Não existe um só texto escrito por mim ou utilizado de grandes profissionais da comunicação que seja uma inverdade.

Na verdade eu poderia divulgar de forma sutil e planejada, informações de práticas ilegais, carente de provas, que poderiam desmanchar a imagem de muitos políticos e outros membros da sociedade.

Entretanto minha linha de atuação e minha consciência profissional não permitem que o faça, mesmo para me proteger.

Quem me protege é Deus.

Quem me permite trabalhar é o proprietário do Sistema Pazzi de Comunicação.

Nada levo para o lado pessoal.

Agradeço as inúmeras mensagens no meu zap, no face e por telefone.

Pretendo continuar com a mesma linha até quando for possível. Continuarei tratando todos com o mesmo respeito que me é dedicado.

Respeitando todas as posições.

Ouvi ontem um senhor dizer que não tem problema os da periferia ficarem sem atendimento médico, o importante é mandar os médicos cubanos embora.

Tenho uma dezena de exemplos assim, são muitas as histórias que ouço de pessoas que imaginava nunca ouvir.

Atualmente estamos vivendo um momento de ódio aos contrários do que aí está. Isso não é normal nem civilizado.

A liberdade de expressão é uma necessidade vital para o controle das diferenças.

Quero o relato de uma senhora, que foi atendida Dona Maria, atendida por um dos médicos cubanos.

Ela me disse:

“assim que cheguei e sentei, ele estava me esperando, me pegou em minha mão perguntou sobre minha família, quantos filhos qual era o meu trabalho se meu marido estava bem e, muito rapidamente, eu tinha um médico conversando comigo.

Foi a primeira vez que me consultei com ele. Ele me tocou! Falei sobre alimentação, sobre meu sono, sobre muita coisa que não falava com ninguém… voltei lá algumas vezes e ele está acertando no meu tratamento… minha pressão está bem mais controlada.”

É isso que está faltando.

É uma comunicação verdadeira, séria sem mentiras que também está faltando.

Eu tento fazer essa comunicação.

Eu tenho amigos médicos maravilhosos que não são cubanos e que fazem também a mesma coisa. São médicos que não atendem pela rede pública.

E são poucos os planos de saúde que são aceitos.

Mas também conheço pessoas que foram atendidas na emergência e o médico usava um aplicativo de seu telefone e por ele examinou e prescreveu a medicação.

Os discursos inflamados e as comparações imbecilizadas são proferidos por aí de que os médicos cubanos são explorados e que seu país fica com o dinheiro deles.

Não entendem uma coisa básica, que talvez ainda não tenham tido tempo aprender: a Medicina não é profissão para enriquecer quem a exerce, assim como a Política e a Educação também não o são.

Vamos continuar nos posicionando, até quando for possível. Vamos aguardar as próximas cenas.

Vivo um dia de cada vez e me sinto feliz, sei do dia de hoje, amanhã não sei se estarei aqui ou estarei vivo.

Não me surpreenderei com nada, como diz o ditado popular, estou no lucro.Não faço mais projetos de médios e longos prazos.

Esse tempo não me pertence mais.

Minha caminhada sempre será pela democracia que no momento nos pede socorro.

E assim seguirei.

Carlos Lima

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