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Colbert e antecessor político são suspeitos de promoverem orgias financeiras na aplicação do erário/ Sérgio Jones

Prefeitura de Feira de Santana

Ao ser entrevistado por um órgão de imprensa em Feira de Santana, o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins, dentre as muitas colocações feitas sobre a atuação e seu plano de governo, recheada de abobrinhas, caso venha a ser bem-sucedido na sua candidatura à reeleição.

Ele deixou transparecer que construção de um hospital municipal, sendo essa uma das principais promessas feitas em campanha pelos candidatos opositores. Não será prioridade do governo dele,

O serviçal e cordato pupilo do ex-prefeito José Ronaldo salientou que “abrir não é problema, por que qualquer um constrói, mas a manutenção é que é complexa”. Deixando transparecer que mesmo ele, na condição de médico, questão de saúde não é prioridade hoje, e menos ainda em seu pouco provável futuro governo.

Eu me permito a discordar do argumento utilizado pelo representante das forças do atraso. O problema que dificulta a manutenção de um hospital municipal se deve a nefasta prática de corrupção que resulta na má aplicação dos recursos públicos.

Principalmente quando se trata do setor de saúde. A exemplo do escândalo na operação Pityocampa, que envolve o desvio de mais de 100 milhões de reais.

Por determinação do juiz federal Alex Schramm, o ex-prefeito José Ronaldo (DEM), teve parte dos bens bloqueados em até R$24 milhões, e de outras quatro pessoas de seu estafe, por suspeita de fraude em nove licitações da prefeitura municipal com a Coofsaude. Cooperativa que prestou serviço terceirizado para a gestão deles.

Os contratos milionários ultrapassam os R$285 milhões, tudo isso em apenas um ano. A relação espúria da cooperativa com a gestão municipal resultou em multa aplicada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) e de acordo com a corte a gestão de Colbert Martins, sucessor do Zé Ronaldo, não conseguiu comprovar a realização de serviços que montam o valor de R$ 14 milhões.

Outros gastos também bastantes questionáveis, por parte da gestão municipal, são com relação aos recursos dispensados para alugueis de casas para abrigarem PSFs , Secretarias e outros departamentos ligados ao órgão público.

Bem como, a contratação de frota de veículos particulares, que são utilizados nos serviços do governo municipal. Tendo como adendo que todas essas contratações, segundo comentários que circulam na cidade, para que elas se efetivem, se faz necessário que os contratados estejam aliados politicamente com o contratante.

Os que não se encontrarem nessa situação, não serão ungidos com as benesses praticadas pelo prefeito, através da distribuição graciosa do dinheiro público.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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