Até o presente momento não sentimos nenhum impacto para a mobilidade urbana em Feira de Santana com a sofrível implantação do BRT, com a revitalização do centro comercial, com o banho de LED, que mais parece um banho lava “theco”, em bacia branca esmaltada, nas noites do antigo Tamarindo, no final da Rua de Aurora.
Mais tudo isso perdeu para a defesa realizada pelo prefeito Colbert Martins aos servidores públicos e ex-prefeito envolvido na liminar determinada pela Justiça federal bloqueando os seus bens.
É uma verdadeira cumplicidade na má gestão do dinheiro público e uma real descrença e desvalorização das ações da justiça desse país.
Após parte do complemento das investigações da operação Pityocampa, que levou à cadeia e indisponibilidade dos bens dos empresários da Coofsaúde, os agentes públicos, que não passaram por uma prisão preventiva, têm seus bens postos em indisponibilidade, o prefeito afirma confiar na honestidade deles mantendo-os nos cargos.
É uma verdadeira afronta à justiça e a lisura que se deveria ter pelo erário. Partindo tal atitude de um gestor fica definitivamente consubstanciado a inocentar os envolvidos, mesmo que a justiça tenha apresentado provas, inclusive uma delas produzidas pelo próprio governo de Colbert Martins, que não conseguiu justificar a aplicação de 14 milhões de reais em serviços realizados para o município na área de saúde, pela Coofsaúde.
Acredita-se que Colbert faz essa defesa estúpida porque precisa de Ronaldo para trabalhar sua reeleição, todos os servidores envolvidos são gatos do mesmo balaio.
Se existisse a mínima possibilidade dele se reeleger sem a participação do ex-prefeito, este seria jogado aos leões. O interesse pessoal prevalece bem mais do que a honestidade política.
Não estamos aqui para julgar, defender ou condenar, mais nesse processo o correto seria afastar os implicados e aguardar a decisão das investigações e julgamento a serem feitos pela justiça, para que uma decisão final seja adotada pelo poder público.
Os servidores estão sendo investigados e sob suspeita da justiça, no maior desvio de recursos já ocorrido na história da saúde pública em Feira de Santana.
Baseado no que tem declarado o prefeito, de acreditar na inocência deles, tal posição vai de encontro a provas fornecida pelo seu governo, quando não soube comprovar o pagamento 14 milhões de reais à cooperativa, por serviços não realizados.
Pessoalmente ele pode dizer que os servidores provarão sua inocência, mas como gestor, deve afasta-los dos cargos até que a justiça os declare inocentes. A gravidade da acusação e da liminar reclama uma séria atitude administrativa, o prefeito tem a obrigação de zelar pela honesta e digna aplicação do dinheiro público, até às ultimas instâncias.
A permanência desses servidores traduz um comportamento difuso e contraditório às ações legais de um gestor.
Carlos Lima
