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Com a proibição de transporte clandestino a cidade de Feira entra em colapso/ Por Sérgio Jones*

Manifestação de motoristas do transporte clandestino em Feira de Santana

Como todos nós feirenses estamos careca de saber, a tão propalada mobilidade urbana nunca existiu de fato em nosso município. Ela só aconteceu nos devaneios de políticos nem sempre comprometidos com os reais interesses do povo.

Em uma das diversas administrações do desgoverno do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) o município, pela primeira vez em sua história, amargou com a completa ausência de transporte de massa, por quase 15 dias.

Tal lacuna foi provocada e causada pela irresponsabilidade do poder público, o que resultou na criação de um monstro, durante este período de triste lembrança, o poder executivo lançou mão da utilização do transporte clandestino, em larga escala.

Tal prática, segundo se comenta, resultou em alto custo político, mais alto ainda para a população, sendo este segmento o mais prejudicado. Como todos nós sabemos políticos e seus familiares não utilizam o transporte público, talvez isto explique o descaso deles, neste importante setor.

Após solucionado em parte o problema no setor de transporte coletivo urbano, os antigos colaboradores se recusaram em tirar o time de campo. O que significa dizer que a nefasta prática permanece, até os dias de hoje. Com uma sutil anuência do executivo, que devido a sua condição de refém, faz vistas grossas para a atuação dos mesmos.

Com a nova lei que passou a vigorar a partir desta segunda-feira (7), o motorista que for flagrado atuando na prática do transporte clandestino: transporte escolar não autorizado e transporte remunerado irregular de pessoas ou bens. Passam a cometer infração gravíssima.

O que se entende de infração gravíssima? Significa que a multa poderá ser multiplicada por 5 e leva 7 pontos na carteira Nacional de habilitação (CNH), além de prever remoção do veículo.

O projeto de lei passou pelo senado e tem como relator Antônio Anastasia (PSDB -MG). Se torna necessário esclarecer que o projeto só produzirá efeitos contra os motoristas que realizam transporte não licenciado, o que não é o caso dos que trabalham para a Uber ou outros aplicativos de transporte.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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