É difícil chegar à verdade por esta possuir muitos lados que não coincidem. Mas, a civilização incumbe o Estado de ser quem é e pacifique os conflitos de seus cidadãos, dizendo quem é que está com direito nos litígios.
Considerando-se sermos distintos do outro, com variedades de ser, há que partilharmos, a despeito das distâncias que nos separam e enaltece nossa capacidade de diferir, de existir sem ser desigual. No entanto, às vezes confundimos diferença com desigualdade e substituímos diversidade por sentimentos de superioridade que conduz a dessemelhança a ponto dalguns se arrogarem a si as prerrogativas da humanidade.
Mas os excluídos continuam ser criaturas de Deus e, ao tentarem excluí-los da sociedade, gastam alteando muros, equipes de segurança, ansiolíticos e, de exclusão em exclusão, tornam-se solitários, pois, o tirano não percebe o absurdo de ver-se o único ser.
Ainda assim, apesar de certa gente, somos uma Nação feliz e próspera. É que, no quarto dia deste mês e ano, a Constituição fez trinta e cinco anos que nos protege e, para que não desandasse, o Grande Arquiteto do Universo, magnificentemente, presenteou-nos com os sustentáculos: Alexandre Morais e Gilmar Mendes que, sob a égide da Carta Magna, garantem o funcionamento das instituições, o sufrágio universal na urna eletrônica e, sob suas regências mantêm a estabilidade democrática e o estado de direito.
Guardaram-nos de mais mortes pela Covid 19; detiveram a entrada e posse de armas e livraram-nos do asselvajamento dos afeiçoados do mal. Também, pela memória de Ulisses Guimarães, evitaram que a vaca fosse pro brejo.
Mas a busca pela interioridade é um exercício da consciência que se percebe pequena diante de toda a criação e perguntamos: como devemos viver em plenitude como homens livres e de bons costumes?
Eis que viver é mais que termos bens materiais, tendo em conta que devemos ser um bem para todos aqueles que se acham na nossa história, considerando-se que a piedade é mais que o olhar bovino de Sylvester Stallone e, na mesma proporção que outros lutam pela presença do mal, resta-nos invocar o Salmos 35,17: “Senhor até quando verás isto?
Todavia, não é fácil manter relacionamentos e, só gente bem resolvida, cumpre viver todas as renúncias que uma escolha de vida traz, se importar com o outro deve ser decisão diária, pois há quem se esconda nas redes sociais. Descobertos, alegam mal interpretados. É bom que revejam suas prioridades, pois honorários advocatícios estão pelos olhos da cara.
É quando urge a necessidade de recordar o que disse Santo Agostinho no Sermão 23,3: “Não andes averiguando quanto tens, mas o que tu és”. É um exercício que não nos faz fixar o olhar na dificuldade de partilhar, sim na facilidade que deve ser as relações interpessoais de confiança e liberdade que construímos ao longo dessa caminhada rumo a uma Pátria firme e solidária, decisão que exige preparação, ao passo que, a vaidade é, entre outras coisas, excessivo desejo por merecer admiração e estima exagerada de si mesmo considerando-se o melhor e mais honesto que todos.
Enganam-se, porque, assim, Jesus, prudentemente, orientou: “Aquele que quiser ser o maior, que seja o menor”. A vaidade é um dos comportamentos que são armadilhas para o sucesso e se assessora na arrogância que não hesita em destacar a sua suposta capacidade sempre que pode, desprezando os demais e vangloriando de virtudes que não têm.
Haja vista que os virados na Jiraya, cupins da democracia que querem tudo a sua maneira, deveriam meditar Lucas 9,53 a 55: “Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém; “E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também o fez?”
Mas, Jesus, comedido que era, tal quais alguns magistrados do STF, disse: tomem tento porque o cipó de aroeira, às vezes, atinge quem mandou bater.
Feira de Santana, VIII de Outubro de MMXXIII.
Jessé da Costa Primo∴ membro da Loja Maçônica Luz e Fraternidade 14.
