Tempo - Tutiempo.net

Desemprego entre jovens brasileiros atinge índices considerados mais elevados do mundo/ Por Sérgio Jones*

O desenvolvimento tão propalado pela administração do desgoverno do presidente golpista Michel Temer se assemelha ao crescimento do rabo de cavalo, só cresce para baixo.

Segundo estimativas recentes feitas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o desemprego de jovens brasileiros atinge índices duas vezes superior à média internacional.

Das mais de 190 economias avaliadas pela OIT, apenas 36 delas têm uma situação pior que a do Brasil.

A queda do crescimento da economia brasileira é abissal, associada com a informalidade e as incertezas de investimentos teriam gerado o salto no desemprego dessa camada nos últimos anos, ainda que o pico possa já ter sido atingido.

“Houve uma enorme desaceleração de alguns países, entre eles o Brasil”, garante a diretora de Política de Desenvolvimento e Emprego da OIT, Azita Awad.

O mais perverso de toda esta crise provocada por esta cleptocracia que envolve no mesmo saco, político, empresários e outros congêneres é que a situação brasileira acabou afetando as médias de toda a região latino-americana, que teve o maior salto de desemprego registrado em todo o planeta.

A previsão realizada pelos especialistas do setor econômico é de que o continente terminará 2017 com seu nível de desemprego mais alto desde 2004. A taxa entre os jovens chegará a 19,6%, contra um índice de apenas 14,3% em 2013.

No mundo, um total de 70,9 milhões de pessoas com até 24 anos encontram-se fora do mercado de trabalho.

Números estes que deverão  piorar em 2018, com 71,1 milhões de jovens desempregados. Os dados estarrecedores evidenciam que os jovens, hoje, têm três vezes mais chances de estar desempregado que um adulto.

Mas estas mesmas estimativas revelam que uma parte substancial dessa camada da população deixou de procurar emprego.

O cenário para os próximos anos não é dos mais alentadores.

A média geral de desemprego para os jovens deve aumentar em 2018. Para a OIT, essa geração enfrentará um “futuro incerto”, com salários sendo pagos em setores temporários.

Uma das constatações, porém, é de que aqueles com maior nível de escolaridade terão uma transição mais curta entre a escola e o mundo do trabalho.

No Brasil, os índices mostram que aqueles apenas com escolaridade primária podem levar um tempo cinco vezes maior para encontrar um emprego que universitários.

Sérgio Jones,jornalista (sergiojones@live.com)

OUTRAS NOTÍCIAS