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Dia Nacional da Mata Atlântica, nada a comemorar / Por Sérgio Jones

Queimadas destroem o que resta da Mata Atlântica

Nesta quinta-feira (27), foi comemorado no Brasil o dia nacional da Mata Atlântica, considerada patrimônio nacional. O mais cruel de toda essa grotesca realidade que nos cerca, é que da vegetação originária resta preservada apenas 12, 4%.

De acordo com expertise do setor vinculado à preservação ambiental, este segmento faz parte de um grupo de ecossistema em que a restauração de apenas 15% da sua área evitaria 60% da extinção de espécies previstas e, ao mesmo tempo, sequestraria o equivalente a 30% do dióxido de carbono lançado na atmosfera, desde o início da revolução industrial.

Enquanto a destruição dessa importante biodiversidade acontece a passos largos, o mundo tenta evitar outra e discute o futuro da Amazônia, em meio ao aumento da devastação na região e seus impactos para as mudanças climáticas.

Só para se ter uma ideia da importância da Mata Atlântica, no cenário brasileiro, mais de 20 mil espécies vegetais, 300 espécies de peixes, 800 de aves e uma infinidade de insetos, atuam muitas vezes como polinizadores indispensáveis à produção de alimentos, além de sua comprovada importância para a regulação do clima e disponibilidade de recursos hídricos.

O que significa destacar que ela está intimamente ligada à própria sobrevivência da população, é o que afirmam e explicam os ambientalistas.
Outro aspecto que merece ser destacado é que essa importante biomassa seja reconhecida como um grande ativo nacional. Vale destacar que considerável parte do que sobra se encontra em área privada.

Mesmo diante do quadro desolador que passa o Brasil não só no tocante a esse setor ambiental, especialistas garantem que ainda é possível se promover uma espécie de restauração produtiva alinhada à agricultura, bem como das indústrias juntas com a população se tornarem responsáveis com o consumo, o que poderá potencializar o seu ressurgimento.

Ainda há tempo para que possamos impedir que o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e sua falange do mal continuem passando a boiada.

Conforme disse ele, durante reunião ministerial ocorrida em 22 de abril. O Brasil é muito maior do que toda essa corja negacionista desse governo homicida que se instalou no poder às custas de muitos engôdos e mentiras. A verdade e a justiça, como sempre, acabam prevalecendo.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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