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Disciplina religiosa em curso de Medicina da UFRN revolta estudantes

Curso de mewdicina da UFRN

Uma atividade extracurricular de cunho religioso da faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que consta na programação oficial da instituição, tem chamado a atenção de alunos.

Nas redes sociais, eles questionam o fato de o estado ser “laico”, mas a UFRN estar oferecendo a disciplina “Construção do Reino de Deus”. As informações são do jornal O Globo.

As aulas são ministradas pelo professor de medicina Francisco das Chagas Rodrigues, sob a responsabilidade do Departamento de Medicina Clínica (DMC) do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

O estudante Marcelo Carvalho, aluno da UFRN, foi quem notou, ao pesquisar por atividades extracurriculares pelo sistema da faculdade, a curiosa disciplina, que começou a ser ministrada em seminários em maio e tem data prevista para ser concluída no próximo dia 15 de dezembro.

“É bem controverso uma instituição que se diz laica promover um curso na área médica amparado em premissas religiosas. Independente de qual religião seja, penso que não é espaço para isso. Além disso, a argumentação que ‘justifica’ o projeto é fraca, fundamentada em achismos, sem nenhum respaldo minimamente científico. São argumentos que tangem até a pseudociência.”, comentou Marcelo.

Os alunos reagiram à publicação sobre a disciplina pedindo que ela fosse denunciada por ferir o princípio constitucional de estado laico.

“Isso é sério?

A UFRN está virando uma igreja neopentecostal?”, comentou um estudante. “Num curso de Teologia, eu ja teria achado precária a justificativa (da disciplina), mas em um curso de medicina?”, pergunta outro aluno.

A “Ação de Extensão” é oferecida a alunos e, também, para não-alunos que se interessarem.
A descrição afirma que a turma comporta até 220 alunos e que a disciplina é auto-financiada pelos responsáveis, ou seja, não utiliza dinheiro público.

“Tenho completo repúdio, mas…ali consta como uma ação auto-financiada e dentro da área de ciências humanas, e teologia é uma dessas ciências humanas. Já acompanhei inúmeros eventos de cultura e religiões de matrizes afro nos mais diversos cursos. Não parece ser grande coisa”, ponderou um dos estudantes na publicação.

Confira a descrição completa do curso:

“A Universidade tem a vocação institucional da busca do conhecimento em qualquer vertente que ele se apresente. Um dos conhecimentos mais significativos para a humanidade, foi aquele trazido por Jesus, que se dizia filho de Deus e comprovava isso com a produção de fenômenos que estasvam acima da capacidade humana do seu tempo e até os dias atuais, conforme relatos aceitos majoritariame pela maioria das pessoas que é informada.

Ele explicava que veio ao mundo a pedido do Pai (Deus), assumir a personalidade do Cristo (Messias, Salvador) para ensinar a humanidade sobre o Amor, e a partir daí construir a família universal que seria a base para a construção do Reino de Deus, uma sociedade civil harmônica e sintonizada com a vontade de Deus.

A importância de sua vida foi importante, a humanidade reconhece, pois dividiu o calendário em antes e depois do seu nascimento, nos fatos pré e pós Cristo.

Muitas teses, livros, religiões foram desenvolvidas a partir dessas circunstâncias, que pretendem envolver o mundo e tornar realidade o Reino de Deus, a partir da Reforma Íntima feita por cada pessoa em seu próprio coração, tornando-se um cidadão do Reino de Deus, mesmo que esse reino não esteja ainda vigente na sociedade.

A Universidade (UFRN) seguindo a sua vocação de procura do conhecimento e de sua aplicabilidade no meio social, procura a partir da disciplina opcional “Medicina, Saúde e Espiritualidade (MSE)”, oferecida pelo Departamento de Medicina Clínica (DMC) do Centro de Ciências da Saúde (CCS), aprofundar o conhecimento da proposta da construção do Reino de Deus para verificar sua aplicabilidade no meio social, com a contribuição de várias fontes de saber quesintonizam para a proposta”.

RPP

É inacreditável que os neopentecostais penetrem nas universidades para disfarçadamente fazer lavagem celebral e ferier os princípios conmstitucionais de sermos um país laico. (CLJORNAL)

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