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Elites feirenses recorrem ao Estado para socializar prejuízos enquanto eles privatizam os lucros/ Por Sérgio Jones*

Os princípios dos neoliberais de plantão em qualquer parte do mundo são sempre os mesmos, controle de gastos, abertura de mercados e adoção de políticas favoráveis ao capitalismo de livre mercado. Além da redução do Estado.

Estes princípios têm como objetivo liberar geral que permitam
transformar o mercado em terra de ninguém, onde eles podem cometer todo tipo de abusos e crimes econômicos em favor deles, e em prejuízo do povo.

Mas quando o capitalismo entre em crise a burguesia com seu discurso liberalizante muda o tom e adota o que sempre foram, ave de rapina. Procuram preservar os seus lucros recorrendo ao Estado para socializar os prejuízos.

Constatação do fato é o que estar a acontecer no município de Feira de Santana, com o avanço da pandemia do coronavírus. A burguesia, ou o arremedo dela existente na terrinha de Lucas, recua diante de suas responsabilidades para ajudar a enfrentar a crise e recorre, de forma agressiva, para que o Estado busque soluções para sanar o problema.

A postura fica clara com o comportamento adotado por empresários, donos de concessionárias e de outros impérios financeiros aqui existentes. Eles promovem festas, patrocinam micaretas, elegem políticos, mas com a chegada da pandemia simplesmente se recolhem, desaparece trancados em suas mansões.

Quando deveriam estar junto ao povo ajudando das mais diversas maneiras possíveis com distribuição de cestas básicas para seus funcionários, distribuindo álcool gel para a população. As ações desenvolvidas por este segmento, privilegiado da sociedade, são de um grau de mesquinhez execrável.

Contrariando os princípios de solidariedade que deveria prevalecer sobre todos, sem admitir exceções. Como procedem eles? Transitando na contramão da história, como sempre fizeram, as primeiras medidas adotadas por esta classe de parasitas são se absterem de oferecer qualquer tipo de ajuda para a população mais vulnerável da sociedade,

Em vez disso se retraem em seus casulos de luxo e se recusam a prestarem ajuda e socorro para os hospitais e entidades beneficentes. Mostrando a sua face egoísta e desumana.

A hegemonia liberal embora ofereça uma visão paradisíaca de uma evolução gradual e o desenvolvimento sem conflitos da “democracia” não se sustenta mais. Rompe de uma vez por todas o véu das ilusões na possibilidade de desenvolvimento sem conflitos da sociedade do capital e deixa exposta às suas vísceras. O conceito que aparentemente se apresenta como sólido é uma quimera que se dilui no ar.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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