De acordo com artigo escrito pela jornalista Vera Magalhães, ela denuncia que a posição dos EUA “dá a senha para que diplomacias de governos de outros países democráticos se manifestem mais firmemente contra o show de Bolsonaro”.
“Tanto a nota da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil quanto a declaração do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, reiterando a confiança do governo norte-americano no processo eleitoral brasileiro têm outro destinatário direto além de Jair Bolsonaro: as Forças Armadas brasileiras”, declara a jornalista.
“Ao reiterar a expectativa de que as eleições ocorram de forma justa, livre e confiável, ‘com todas as instituições agindo conforme seu papel constitucional’, o governo Biden comunica aos militares que o resultado das eleições será prontamente reconhecido por Washington”.
Ela vai mais longe em suas observações ao afirmar, com todas as letras, de que o governo estadunidense não estão nada satisfeitos com a postura adotada pelas Forças Armadas ao perceberem a ambiguidade das posições das mesmas no que concerne a posição tomada diante do processo eleitoral.
Ainda de acordo com Vera Magalhães, a posição dos EUA “dá a senha para que diplomacias de governos de outros países democráticos se manifestem mais firmemente contra o show de Bolsonaro”.
A jornalista acrescenta, em seu breve comentário, que a nota e o briefing da Casa Branca humilham o Ministério das Relações Exteriores, sob o comando do embaixador Carlos França.
O que fica patenteado em toda essa trágica página de nossa história é que nunca antes a história foi tão maculada quanto nos dias aziagos provocados pela total ausência de um governo minimamente responsável e digno de respeito pela liturgia que o cargo exige.
O país continua transitando na contramão da história sob os aplausos de uma classe de milicianos e de uma parcela de evangélicos pentecostais, estes sob a alcunha de Bancada Evangélica, entre outras de comportamentos extremistas e reacionários.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)
