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Feira: abutres da politicagem se alimentam da crise/ Por Sérgio Jones

Pablo e o prefeito Colbert

Como já se tornou corriqueiro em nosso país os abutres da politicagem, de plantão, se alimentam da crise para tirar proveito da situação.

Isso infelizmente tem sido uma prática muito utilizada também aqui no município de Feira de Santana, terrinha de Lucas.

O que inicialmente se apresenta como uma ação nobre e de fundamental importância social, nem sempre é o que aparente ser.

É o que deixa transparecer o vereador Emerson Minho (DC), ao se reportar a uma gincana que está sendo realizada pelo grupo político do secretário de Agricultura e vereador licenciado Pablo Roberto (DEM).

Usando de uma refinada ironia, Minho se dirigiu à tribuna do legislativo feirense para parabenizar o secretário Pablo Roberto pela gincana que ele fez e que arrecadou muitos alimentos, mas não perdeu a oportunidade para alfinetar o colega licenciado ao dizer que : “o mal do esperto é achar que todo mundo é besta”.

Em conversa mantida com o presidente do legislativo feirense, Fernando Torres, afirmou o vereador que ele também demonstra um certo desconforto com a atuação do grupo político do secretário e chega até mesmo a fazer a seguinte observação: “isso aí foi sobra de cesta básica escondida em algum lugar”.

Houve quem saísse em defesa do secretário, o vereador do Democratas Pedro Américo que se utilizando de um frágil argumento tentou defender a realização da gincana ao afirmar ser ela, uma ação solidária que procura dar assistência social à população de rua e promover cuidados para com os animais abandonados.

Ambos os argumentos não se sustentam uma vez que já se tornou comum ao cidadão feirense quando se encontra em circulação no centro da Urbis, de forma inopinada se deparar com cenas de abandono de moradores de rua e presenciarem desfile de matilhas de cães, na mesma situação.

Se a finalidade da gincana é minimizar tais problemas, na prática isto não está acontecendo. A defesa terá que mudar o seu discurso, este já não convence a mais ninguém.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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