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Feira: iluminação pública caótica e licitações suspeitas /por Carlos Lima

Feira de Santana o povo paga caro para viver no escuro

O vereador Roberto Tourinho (PV) faz denúncias graves na Tribuna da Câmara Municipal  de Feira de Santana que coloca sob suspeição as licitações realizadas pela Prefeitura através da Secretaria de Serviços Públicos no seu Departamento de Iluminação Pública.

O motivo que gera suspeição se traduz nas vitórias constantes da empresa Ghia Engenharia, nos sucessivos processos de licitação, para prestação se serviços que envolvem manutenção da iluminação pública troca de lâmpadas, reposição e iluminação em festejos da Zona Rural.

Estranhamente  a empresa venceu praticamente todos os certames realizados pela Secretaria de Serviços Públicos entre janeiro 2016 e novembro de 2019. Neste período já recebeu a vultuosa  quantia   R$ 26.213.665,00, sob a alegação de terem realizado medição de manutenção e alteração de iluminação pública.

Entretanto as informações sobre a atuação dessa empresa tem registro desde 2009, que constam os serviços de troca de lâmpadas e serviços de iluminação complementares e provisórias dos festejos populares a um custo astronômicos de R$ 67 milhões, pagos pelo Poder Público.

Enquanto a cidade permanece às escuras.

Denuncia do vereador Roberto Tourinho

“Esta empresa tem sido sistematicamente a vencedora de praticamente todos os processos licitatórios de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Públicos no município de Feira de Santana”.

 “Recentemente a Prefeitura fez licitação emergencial para a iluminação pública, sem que a Ghia Engenharia participasse do processo licitatório, que terminou cancelado”.

“No entanto ela cancelou a licitação emergencial e fez a licitação para o contrato de serviço. Sabe quem ganhou? A Guia Engenharia”,  denunciou.

A Ghia tem como sócio Ricardo Marques Imbassahy, ex-diretor da empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato.

Podemos afirmar que a situação contratual da empresa levanta uma série de dúvidas quando a lisura de todo o processo licitatório.

São vícios gerados pela certeza de impunidade e prolongado tempo de encastelamento no poder de um mesmo grupo político.

Em um país com raiz no combate à corrupção e punição explícita, essa situação talvez não estivesse acontecendo.

No mínimo o caso estaria sendo severamente investigado, o que não é o caso.

Na verdade a suspeição da relação comercial entre a Ghia Engenharia e Prefeitura, é uma realidade, por mais esdruxula que possa ser, nunca foi questionada ou investigação pelo Ministério Público, objetivando desvendar o mistério, de uma provável relação promíscua.

Carlos Lima

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