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Feira: prefeito é ex presidiário e o líder do partido cumpre prisão domiciliar em Salvador/ Por Sérgio Jones

Não é nada confortável a situação política do prefeito emedebista de direito e não de fato, Colbert Martins, em Feira de Santana.

Como é do conhecimento geral essa agremiação política, a qual ele integra, já gozou de prestígio junto ao eleitorado brasileiro, e viveu bons momentos.

Surfou na onda do plano cruzado, na década de 80 e nas Diretas Já, movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil, ocorrido entre 1983 e 1984.

Entretanto, todo esse período de glória e apogeu na política nacional faz parte de um passado, que não lhe pertence mais. Esboroou na vala do tempo.

Com o surgimento da operação conhecida como Lava Jato, todo o cenário e o prestígio do MDB entrou em crise devido o envolvimento, de grande parte de seus militantes, em todo tipo de escândalos de ordem financeira: desvio de dinheiro público, propinas, entre outros atos criminosos. Todos eles, pouco e nada recomendáveis.

Na Bahia, atualmente, parte de seus líderes regionais, sendo o mais representativo, Gedel Vieira Lima, cumpre prisão domiciliar, porque a justiça nesse país não é séria, além de ser muito parcimoniosa e cordata para com os criminosos de colarinho branco.

No tocante a terrinha de Lucas a situação não é muito diferente, o atual prefeito também se envolveu em práticas nada recomendáveis e bastante suspeita que culminou com sua prisão, em que ele foi obrigado a fazer um breve estágio nas dependências de um presídio no Amapá. Acusação, suposto desvio de recurso públicos do Ministério do Turismo.

Mesmo diante de tamanho desgaste o MDB, administra as duas maiores prefeituras do interior, Feira de Santana e Vitória da Conquista.

O mais crível de toda essa deplorável situação é que ainda, no caso de Feira, o prefeito parte para a sua reeleição com as bênçãos do cacique político local, José Ronaldo, também com parte de seus bens bloqueados pela justiça. Por suposta participação de desvio de mais de 100 milhões de reais da saúde, apontada na denominada Operação Pityocampa.

Denúncia feita pelo Ministério Público Estadual.

Como muito bem sentenciou na década de 50, o “filósofo da baianidade” Octávio Mangabeira: Pense num absurdo, na Bahia tem precedente.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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