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Jovem brasileira conquista 1º lugar na maior feira de ciências do mundo

Juliana, estudante brasileira primeiro lugar na maior feira de Ciências do mundo

Juliana Estradioto, egressa do Campus Osório do IFRS, conquistou na sexta-feira (17) o 1º lugar em Ciência dos Materiais na maior feira de ciências do mundo.

A jovem desenvolveu uma pesquisa utilizando a casca da macadâmia para produzir membrana que substitui material sintético em embalagens ou curativos.

Ao Sul21, ela contou como foi conquistar o título em Phoenix, Estados Unidos, no evento do qual participaram mais de 1.800 estudantes de ensino médio de 80 países.

“É muito emocionante, indescritível porque a gente tem contato com outras culturas, porque a gente aprende a ter empatia e aprende o quanto a educação transforma a vida das pessoas. Tem pessoas das mais variadas realidades aqui, lutando pela ciência, pela pesquisa e para tentar trazer benefícios para a sociedade”, diz Juliana.

O trabalho, desenvolvido enquanto Juliana era aluna do curso Técnico de Administração Integrado ao Ensino Médio do Campus Osório do IFRS, sob orientação da professora Flávia Twardowski e coorientação do professor Thiago Maduro, aproveita a casca da noz macadâmia para confeccionar uma membrana biodegradável, que pode ser utilizada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético.

Além de ecologicamente correta, a membrana tem um custo mais baixo do que o material sintético, sendo também mais econômica.

“Eu nunca imaginei que fosse ganhar o primeiro lugar na minha área. Até então, só dois brasileiros tinham conquistado o primeiro lugar na área. Me sinto muito feliz, motivada a querer continuar lutando pela pesquisa. Foi muita emoção, chorei muito, foi algo inimaginável”, conta a estudante, que agora passa por processo para estudar em universidades dos Estados Unidos.

O credenciamento para participar da Intel foi conquistado durante a FeiraBrasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em março de 2019, na Universidade de São Paulo (USP).

Na ocasião, o projeto de Juliana conquistou o 1º lugar em Ciências Agrárias, o 2° lugar no Prêmio Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e também o Prêmio Destaque Unidades da Federação como melhor trabalho do Rio Grande do Sul.

O título da pesquisa é “Catchpooh: Aproveitamento de Resíduos para Biossíntese de Celulose e Confecção de Embalagem”.

Em 2018, Juliana recebeu o prêmio Jovem Cientista na categoria Ensino Médio, com o projeto “Desenvolvimento de um filme plástico biodegradável a partir do resíduo agroindustrial do maracujá”, também desenvolvido no Campus Osório do IFRS.

Essa foi a terceira vez que a estudante participou da Intel e o trabalho dela foi o sétimo trabalho coordenado pela professora Flávia Twardowski que participa do evento.

GGN

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