A vergonha e a mancha indelével que paira sobre a província de Feira de Santana, no tocante ao escândalo de desvio de mais de 100 milhões de reais da área da saúde envolve empresários e parte do grupo político capitaneado pelo ex-prefeito José Ronaldo, este se encontra com mais de 25 milhões de bens bloqueados pela justiça.
Existem outros prepostos deles também com parte dos bens bloqueados. O tema voltando à baila, por certo ganhará novos contornos.
A oposição liderada pelo PT promete que vai fundo no escândalo da Saúde que levou à prisão de muitos envolvidos pela denúncia de desvio de mais de R$ 100 milhões em 2018. Os presos na época foram alguns empresários, quanto aos políticos estes ficaram de fora, acredito e torço para que a vez deles chegue logo.
O comportamento omisso pelo legislativo na época se deu pelo simples fato da nefasta interferência do executivo, que por ter maioria na Câmara colocou o dedo no suspiro e impediu a realização de uma Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI).
Oportunidade em que o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins, durante uma entrevista em uma emissora de rádio local se posicionou contrário a mesma, chegando a dizer que CPI é uma prática de partidos de oposição.
Com o evidente fortalecimento da oposição no legislativo feirense se discute a probabilidade da realização de uma CPI. Nunca é demais lembrar que na legislatura passada o vereador Roberto Tourinho tentou, mas não obteve o êxito desejado por não ter obtido as sete assinaturas necessárias, ou seja um terço da bancada.
Só nos resta aguardar o desenrolar dos fatos e torcer para que os envolvidos recebam a justa punição, que todos os meliantes e ladrões dos cofres públicos devem receber ao infringir as leis. Alguém já disse que justiça que tarda não é justiça. Mas em nosso caso específico onde a impunidade corre solta, defendo que ela ocorra, antes tarde do que nunca.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)