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Ministério da Economia pretende cortar mais de 20 benefícios para financiar o Renda Brasil

Cote de mais de 20 benefícios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (1º) que a ideia era cortar mais de 20 benefícios sociais para direcionar a verba para uma ampliação do Bolsa Família, programa que o governo pretende substituir pelo Renda Brasil. De acordo com ele, no entanto, a ideia é também tirar dinheiro “do andar de cima”.

“Os nossos estudos consolidavam 26, 27 programas sociais e eles vão cada vez mais fundo. O problema não é só o assistencialismo, o conteúdo assistencialista, que é necessário, você tem que atender realmente aos mais frágeis, mas também o trabalho de remoção na pobreza futura, que é exatamente o foco na primeira infância”, disse, durante audiência pública no Congresso.

O ministro afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não gostou da ideia. Em discurso em Ipatinga (MG) na última quarta-feira (26), Bolsonaro disse que o Renda Brasil está suspenso.

Ele não gostou do projeto apresentado pela equipe econômica e afirmou que não pode “tirar de pobres para dar a paupérrimos”.

“Estamos ao sabor ainda da pandemia e o presidente falou: ‘vamos estudar um pouco mais, estou sentindo que estou pegando o abono salarial em uma faixa de um a dois salários mínimos e transferindo isso para os mais pobres ainda’. Eu disse: ‘não, presidente, estamos só consolidando os programas todos, mas vamos pegar dinheiro também do andar de cima, do andar do lado’”, afirmou o ministro.

“Como digo sempre, é a política que tem os votos, o presidente, o Congresso, o Senado, os deputados, senadores, governadores. Quem tem voto é quem manda, temos que instrumentalizar, mostrar quais são os recursos e as opções. Se não houver o uso de recursos que estão no andar de cima, você não vai conseguir reforçar o andar de baixo”, continuou.

cljornal com informações do Congresso em Foco

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