O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) foi aconselhado por um general da reserva muito próximo a ele a renunciar ao cargo, no início da semana.
A decisão que sempre foi rechaçada por Mourão, passou de improvável para possível nos últimos dias, após as declarações do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) sobre ele.
Mourão considera que sua saída do governo abre espaço para o impeachment.
Sua presença como sucessor direto tem servido como anteparo para o universo político apoiar a abertura do impeachment.
Se ele deixar o posto, o sucessor direto de Bolsonaro passa a ser o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), o mesmo que tem sob sua mesa o poder de decidir sobre o impeachment.
“Vice é igual cunhado”
Bolsonaro voltou a fazer críticas ao vice-presidente da República, general Hamilton Mourão.
Em entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba, na última segunda-feira (26), o presidente declarou que “o vice é uma pessoa importantíssima para agregar simpatias e o Mourão tem uma independência muito grande e por vezes atrapalha a gente”.
Em seguida, Bolsonaro afirmou: “O vice é igual a cunhado. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado. Não pode mandar o cunhado embora”.
O presidente afirmou, também, que escolherá seu vice para a chapa presidencial de 2022 com mais cautela e não “a toque de caixa”, como disse ter ocorrido em 2018.
Ele revelou, também, que pensa em escolher alguém de perfil “agregador”, como um político mineiro ou de algum estado do Nordeste ou, ainda, uma mulher.
Em cima da hora
“A escolha do meu vice na última foi muito em cima da hora, assim como a composição das bancadas, principalmente para deputado federal. Muitos parlamentares, depois de ganharem com o nosso nome, transformaram-se em verdadeiros inimigos.”
“O vice é uma pessoa importantíssima para agregar simpatia. Alguns falam que um bom vice poderia ser de Minas Gerais, de um estado do Nordeste, de uma mulher ou de um perfil mais agregador pelo Brasil”, acrescentou o presidente.
CNN