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No governo de Colbert falta criatividade e sobra excesso de servilismo/ Por Sérgio Jones

A lista. Deveres a cumprir

É grave a imagem que o governo municipal de Feira de Santana, passa para o feirense. Todos nós estamos cientes que o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins, vem adotando uma postura abjeta diante do ex-prefeito Zé, e não é de agora. Sabemos que por ser cordato é que conseguiu ascender ao cargo de prefeito, pelo voto direto essa missão seria praticamente impossível.

Mas até mesmo para um sujeito que se submete passivamente aos ditames de outro, o grau de subserviência tem limites, o que não tem sido o caso do atual mandatário.

Como uma criatura portadora de uma total ausência de caráter e amor próprio pode continuar comandando os destinos do segundo e mais importante município baiano?

Os eleitores, principalmente os mais desavisados, devem estar se questionando sobre onde quero chegar com tal argumentação, e eu explico.

Convenção Municipal que homologou a candidatura de Colbert Martins a prefeito e Fernando de Fabinho a vice-prefeito em Feira de Santana, nesta quarta-feira (02), trouxe o slogan “Trabalho Constante”, utilizado há 20 anos atrás na campanha de José Ronaldo, quando foi candidato a prefeito pela primeira vez.

Tal comportamento e aceitação por parte do prefeito deixa transparecer completa falta de autonomia e criatividade, além de um elevado grau de servilismo. O homem foi até mesmo alijado quanto ao direito de escolher e utilizar um slogan de sua própria campanha.

Mais uma vez o Imperador da Caatinga volta a marcar terreno, mesmo ausente de qualquer cargo público. Deixando claro que o atual prefeito é apenas uma peça decorativa no governo de Feira.

E pasmem, o mesmo slogan servirá como nome da coligação composta por 10 agremiações políticas. Nesse ritmo, se Colbert for ágil, restará tempo para se deslocar até o cartório mais próximo e trocar o nome dele. E poderá a passar a se chamar Zé Ronaldo Filho. O que por certo facilitará em muito, a sua continuação no poder.

O que Colbert Martins demonstra ignorar com o comportamento adotado por ele, é a sutil diferença existente entre o reconhecimento e ser puxa saco. A opção primeira forja o caráter, afina princípios e a certeza de que está perseguindo o caminho certo. A segunda, ilude do início ao fim e, além de embaraço, causa falsa impressão de dever cumprido, quando muito ainda poderia ser feito.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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