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NOS BASTIDORES DA MAÇONARIA IV

A Oficina

Templo Maçônico

Inicialmente não temos nada de secreto em nosso Templo, tanto é verdade que as publicações honestas sobre a Maçonaria revelam as simbologias Maçônicas que adornam a Oficina.

No que é permitido escrever e informar, sobre essa simbologia, vamos fazer uma síntese, uma abordagem, entre tantas já realizadas, sobre a caminhada da iniciação Maçônica e o Grau de Aprendiz.

Não é um trabalho diferente de milhares já publicados ou apresentados nas instruções, é um pequeno resumo do que temos lido e ouvido da imensa cultura Maçônica.

Vamos começar pelo TEMPLO.

Ele foi erguido para a glória do Grande Arquiteto do Universo, representa o grande edifício moral e social. Também tem a denominação de Loja ou Oficina.

Denominação que nos passada tradicionalmente pelos Maçons construtores, na Idade Média.

O Templo é também um símbolo: É a representação do universo. O teto é uma abóbada azulada e pontilhada de estrelas, é a representação do firmamento com todos os seus astros.

A decoração do Templo, com os adornos, colunas, altares, emblemas e outros sinais ritualísticos, representam o Templo de Salomão, considerado uma das maravilhas do mundo.

É dessa forma que os Maçons constroem seus templos da virtude, da moral e onde trabalham lapidando a Pedra Bruta para o bem da humanidade.

Agora, vamos descrever os símbolos, porque tudo neles têm um significado profundamente filosófico e moral.

AS COLUNAS.

Três grandes colunas sustentam a Oficina. A 1ª representa a Sabedoria, assumida pelo Venerável no Oriente, que dirige os Obreiros e mantém a ordem.

A Coluna do 2º Vigilante fica no Sul, à direita e é marcada pela letra B. O ponto de reunião de todos os Aprendizes, Sobre essa coluna tem romãs, as suas inúmeras sementes, unidas entre si, configuram a irmandade e a fecundidade da natureza; o globo sustentado pelas romãs é uma afirmação de que a Maçonaria ampara a humanidade; as sementes dentro da romã representam a família que reunidas formam o mundo e a união Maçônica.

A Coluna do 1º Vigilante fica no Norte, à esquerda de quem entra na Oficina, sendo identificada pela letra J.

Essas três Colunas estão edificadas para consolidar a Sabedoria, utilizada para conduzir os Maçons nos seus Trabalhos; A Força, para enfrentar as dificuldades e a Beleza que revela a pureza dos sentimentos nobres e fraternos do verdadeiro Maçon. Consolidando um ternário sublime: Verdade, Justiça e Harmonia.

E, historicamente as três Colunas, para a Maçonaria, ainda representam e homenageiam três grandes antepassados, Salomão, rei de Jerusalém; Hiram, rei de Tiro e Hiram Abif, Venerável Mestre, a quem o rei Salomão confiou a construção do grande Templo.

Como também, as duas Colunas B e J, são réplicas das duas grandes colunas de bronze, ocas, que durante a construção do Templo de Salomão serviam para guardar os preciosos instrumentos da obra, além do pagamento dos operários.

O ternário Maçônico.

O significado esotérico do ternário Maçônico vai muito além do entendimento de todos. Tem uma profundidade que ultrapassa as condições de entendimento de quem não se aprofunda na filosofia maçônica.

Para os antigos iniciados na Ordem, entre outras situações significava criação, conservação e destruição.

O ternário nos fala do Passado, do Presente e do Futuro. Da Divindade, da Natureza e do Homem. Da Verdade, Justiça e Harmonia; Da Verdade, Beleza e da Bondade.

Nos fala da Sabedoria, Força e Beleza; da Mente, Corpo e Alma; da Fé, Esperança e Caridade; da Liberdade, Igualdade e Fraternidade; e tantos outros, que nos prepara, encaminha e nos molda com a vivência e prática do ternário Maçônico, seja ele no sentido figurado pelos três pontinhos equidistantes da figura geométrica, pelo triângulo equilátero, pelas três Letras do tempo, pelo toque, pela bateria, na aclamação ou no abraço fraternal tríplice.

Os dois Astros

O sol e a Lua ficam no alto do Templo, ambos dizem que o Maçon jamais ficará nas trevas e que os seus raios benéficos, devem refletir fortemente sobre aqueles que ainda vivem na escuridão.

Esses astros também simbolizam o Venerável. Assim como o profano cumpre os seus deveres sob a ação da luz, de igual modo os Maçons cumprem os deveres que a Ordem lhe impõe, com a dedicação, cuidado e instrução do Venerável.

O Delta ou Triângulo Fulgurante

Representa o Supremo Criador, cujo olho luminoso é o olho da Sabedoria e da Providência, que observa, prevê e provê.

Simboliza também os atributos da Divindade que são: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro Maçon tem como lembrete divino de suprema relevância para sua vida.

A pedra bruta

É, inquestionavelmente, o símbolo do homem com todas as suas imperfeições, sendo subjugado pela matéria, vaidades e paixões.

Sem dúvida é o homem não iniciado e por essa razão é que os aprendizes Maçons iniciam seus trabalhos sobre ela.

A pedra bruta simboliza a necessidade de retocar, lapidar nossa personalidade moral.

No universo dos iniciados, poucos conseguem.

O Malho e o Cinzel

São instrumentos do aprendiz, o Malho significa a Vontade e o Cinzel, o julgamento. A verdade é que a vontade é uma grande força de impulsão, se essa força não for orientada por um bom julgamento, é perigosíssima.

O Avental e as Luvas

Eles são insígnias do Grau de Aprendiz. O avental símbolo do trabalho e as luvas símbolo da pureza, uma mão da luva fica com o aprendiz e a outra para a mulher que ele mais ama.

Carlos Lima

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