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NOS BASTIDORES DA MAÇONARIA VI

O JURAMENTO

Altar dos juramentos

Vamos começar dizendo que a fórmula do juramento é forte, no entanto, sua pena jamais foi aplicada literalmente ao perjuro, porque o juramento sempre foi simbolicamente a morte moral.

Vejamos como devemos evitar as acusações injustas de que existe na Maçonaria a pena de morte, em algumas Oficinas é dispensado do iniciado os termos duros e fortes, como: “Se eu for perjuro… etc., etc.” “Que minha garganta seja cortada, minha língua arrancada e meu corpo enterrado nas ateias do mar, onde o fluxo e o refluxo me mergulhem em completo esquecimento”.

Agora fique sabendo que essas palavras entraram no juramento Maçônico para que todos se recordassem de um fato histórico, lendário, em torno dos assassinos do Mestre Hiram Abif.

Vou ousar fazer um pequeno resumo.

Narra-se que, Hiram ao ser assassinado por três companheiros, Salomão formou uma equipe de Mestres para puni-los.

Os Mestres tendo sidos informados de um destino tomado pelos assassinos, seguiram o caminho apontado para os localizarem.

Portanto, é uma tradição que recorda um fato histórico, ou lendário, que dilacerou os corações dos Mestres primitivos, diante do assassinato do Mestre Hiram Abif.

A Maçonaria sempre conserva as tradições dos seus antepassados, interpretando-as e acompanhando o processo evolutivo da humanidade dentro dos princípios esotéricos e filosóficos.

Com isso, podemos afirmar que a vingança exigida para o perjuro, será sempre foi e será exercida espiritualmente, isto é, com a morte moral.

Jamais emprestem ao juramento Maçônico um caráter sangrento, vingativo e criminoso.

Se assim fosse, muitos, muitos, muitos, teriam sido cobrados diante do seu juramento. E as narrações estariam ilustrando a história Maçônica, e na atualidade, notícias estariam estampadas nos meios de comunicação.

Na verdade, o juramento é um ato solene sancionado pelo Direito.

O juiz pede que as testemunhas, no júri, façam seu juramento de dizer a verdade, nada mais do que a verdade?

O médico jura fidelidade no exercício de sua profissão e à guarda do sigilo profissional?

O soldado faz o juramento à Bandeira, o juramento de fidelidade à pátria?

Os presidentes das nações juram intransigentemente defender os interesses da pátria e do seu povo?

Ninguém é forçado a fazer qualquer tipo de juramento. Será que a consciência do ser humano não é livre para assumir ou não a responsabilidade da totalidade dos seus atos?

Entretanto, se pensa na fraqueza da carne, inerente ao ser humano, jure fazendo essa ressalva. Que declare de sua livre vontade se caso não vier a cumprir com o seu juramento.

Se a Ordem aceitar muito bem. Se não aceitar, o iniciado não entrará na Irmandade, no que ela está exercendo o seu direito e poderá até julgá-lo um covarde.

Se o iniciado não tem a mínima intenção de trair a Ordem e os seus futuros irmão, porque terá motivos para criticar ou temer o juramento?

O juramento Maçônico  é um ato de consciência.

Carlos Lima

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