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O dilema das carpideiras políticas de Feira de Santana/ Por Sérgio Jones

Carpideiras do legislativo feirense

Legisladores feirenses estão tendo um comportamento em relação ao executivo muito similar as carpideiras, espécie de profissionais mercenárias que eram regiamente pagas para prantear defuntos alheios.

Entretanto, existe uma pequena diferença, entre a atuação destas e de suas excelências, da terrinha de Lucas. Eles não estão sendo pagos nem recebendo benesses uma vez que deixaram de dar apoio ao governo municipal.

O que faz com que a choradeira, ora existente, não ocorra em relação ao defunto alheio, mas de seus próprios defuntos. Que podemos metaforicamente citar como exemplo os expurgos que seus familiares vem sofrendo dos cargos e mamatas auferidas pelo executivo.

Prática utilizada como moeda de troca, objetivando garantir e contar com o apoio incondicional da maioria dos legisladores.

O mais estranho nesse comportamento entre os chamados “poderes independentes”. É que essa independência só existe em tese, a relação de promiscuidade entre ambos os poderes é antiga e quando deixa de existir, a grita é geral. Quem perde com essas pendengas existentes entre os lídimos políticos , como sempre, é a coletividade.

A situação, em Feira de Santana, de aparente harmonia entre estes podres poderes se estendeu por mais de duas décadas, mas no presente, ao que parece elas estão com fortes fissuras ou seja, trincadas em suas estruturas.

Vários vereadores que assinaram a CPI da Cesta Básica estão sendo os primeiros a sofrerem retaliações pelo prefeito de direito e não de fato, Colbert Filho (MDB).

Ao que parece o alcaide já determinou aos seus secretários a não atenderem as reivindicações dos parlamentares rebeldes, além de já ter providenciado o expurgo sumário de cargos no executivo ocupados pela parentada destes empedernidos edis. Que se auto intitulam, como autênticos defensores dos “interesses do povo”.

As carpideiras políticas que mais têm se destacados neste cenário são: Pedro Cícero (Cidadania), Galeguinho (PSB) e Edvaldo Lima (MDB), eles estão tecendo duras crítica ao governo municipal. O curioso é que estes parlamentares são os mesmos que assinaram a CPI da Cesta Básica na Câmara Municipal de Feira de Santana.

Contrariando frontalmente a tese do prefeito que em pronunciamento feito, em um passado não muito longínquo, declarou à imprensa a frase lapidar: “Quem participa de CPI é oposição”.

Ao que parece, suas excelências não entenderam o recado. Só restam aos rebelados chorar sobre o leite derramado.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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