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O hibridismo político de Carlos Geilson/ Por Sérgio Jones

Para Deus e o Diabo

A esperteza associada a falta de caráter gera políticos estilo Macunaíma. Como tão bem descreveu o Mário de Andrade em seu livro publicado em 1928 e posteriormente levado às telas do cinema brasileiro.

Esse personagem ganha vida na prática com a declaração feita recentemente à imprensa feirense, pelo candidato a prefeito de Feira de Santana, Carlos Geilson (Podemos).

Em que ele manifesta o seu desejo, de que se for eleito quer ter como parceiros o governador petista baiano Rui Costa e o presidente negacionista Jair Bolsonaro, em sua administração.

Acredito que tal declaração não é a que podemos afirmar ser ela considerada como uma das mais felizes proferida por ele, ao longo de sua vida. Denota um laivo de esperteza em detrimento da inteligência.

O que o candidato busca é conquistar o apoio político de ambos os lados, agradar a dois senhores, é como se tentasse, de forma burra, reinventar a roda. Essa prática é manjada e por demais conhecida pelo povo.

Como é do conhecimento geral, o comunicador Carlos Geilson, no papel de político vem tendo um desempenho pífio.

O que lhe garante uma condição de coadjuvante, nesse cenário em que se aventura sem demonstrar nenhuma aptidão ou talento para exercer com competência, o cargo. É o que podemos denominar como ser anódino atuando nesse campo.

A sua insistência em permanecer nessa área é, considerada por muita gente, semelhante à de muitos outros políticos que não tem talento para exercer a função, mas tenta se manter nela para garantir interesses, privilégios sociais e econômicos, para se.

Mais como alguém já mencionou há muito tempo, o mundo é plural e temos que aprender e tolerar conviver com essa realidade ambígua, por mais que ela nos desagrade. A democracia liberal burguesa não foi imposta para ser levada a sério.
Estamos convivendo, nesse momento, com uma pandemia eleitoral, onde grande parte dos candidatos estão sofrendo um surto de epifania. O que significa dizer que foram tomados de um sentimento inesperado em que acreditam possuírem uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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