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O sonho utópico de Barroso: apagar Lula do imaginário popular por Chico Valente

Barroso não destruirá

Como nunca em sua história, no Brasil de hoje pululam criaturas que se arvoram a donas da verdade, impondo ideias ditatoriais fascistas.

Eu que sou ex-trabalhador rural, ex-operário da construção civil, vigilante, e estou deputado, estava cá pensando com meus botões, o que melhor caracteriza a figura de um tirano.

Como os tiranos agem? Qual o futuro dos tiranos?

As medidas que estão sendo tomadas pelo ministro Barroso nos últimos dias o colocam como sério candidato ao posto de tirano mor desta República.

É só raciocinar sobre as tiranias que tem praticado no Tribunal Superior Eleitoral- este órgão que nem deveria existir, porque somente para realizar eleições a Justiça Comum daria conta muito bem. Seria uma bela economia para o país, diga-se de passagem.

Como se diz na cultura popular, Barroso quer ser mais realista que o Rei.

Ele não foi escolhido para interpretar a Constituição mas sim para aplicá-la.

Ao tentar proibir que os candidatos usem a imagem de Lula como líder maior do imaginário do povo brasileiro em suas campanhas eleitorais, vinculando seus programas às lutas travadas por Lula por mais igualdade social e justiça nesse país, o ministro comete um grande erro.

Ideias não se acorrentam, não se algemam. Muito pelo contrário, se multiplicam, quando são sementes necessárias no terreno fértil do progresso da humanidade.

Lula não é apenas um homem, ele incorpora a ideia de mais justiça e mais igualdade para todos. E ideias, como prova a história, por mais que tiranos tentem proibi-las, terminam por florescer mais fortes.

Milhões de Lulas estarão circulando por aí com o nome dele. Chico Lula, Joaquim Lula, Pedro Lula. Só não vai ter Barroso Lula. Mas terá Barroso tirano.

Portanto, o ministro tirano não deveria atrapalhar as eleições mas deixar que aconteçam normalmente

Se quer alterar a Constituição, deve se licenciar de seu cargo e disputar as eleições para deputado ou senador. Aí sim, poderia se apropriar do debate político e teria a prerrogativa de criar leis e não apenas de zelar pelo seu cumprimento.

Quem se dizia advogado progressista,  advogado dos sem terra, agora está se revelando ao país como um verdadeiro oportunista. Se aproximou de João Pedro Stédile e outros para ganhar o cargo que ganhou, sem merecer.

Infelizmente, tudo que posso acrescentar a seu respeito, para que um dia seus netos saibam quem foi seu avô, é que ministro tirano será lembrado como uma nódoa para o Judiciário brasileiro e uma vergonha para a história do Brasil.

Chico Valente

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