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Papa vai na ferida: guerra não é religiosa, interesses, dinheiro e dominação

Papa Francisco na Cracóvia

Em entrevista aos jornalistas que o acompanhavam a Cracóvia, na Polônia, para a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco mostrou que é um dos raros líderes mundiais disposto a falar a verdade em lugar de pegar carona nas histerias discriminatórias.

 – Repete-se muito a palavra segurança, mas a palavra verdadeira é guerra. O mundo está em guerra, guerra aos bocados.

Falando do assassinato do padre Jacques Hamel, durante a tomada de reféns na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, próximo de Rouen, norte de França, Francisco disse que falava de “uma guerra a sério, não de guerra de religiões”.

 -Falo de guerra de interesses, por dinheiro, por causa dos recursos naturais, pelo domínio das populações.

O fundamentalismo não se expressa apenas no Estado Islâmico, mas em toda a vestimenta de buscar ‘a tranquilidade do passado’  com a recusa de que a velha ordem, injusta e excludente, é inviável no mundo que cresceu em gente e anulou as distâncias, pela comunicação e economia globalizadas.

A naus coloniais que transportavam o saque agora pedem apenas um “enter” no teclado de um computador.

Fernando Brito

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