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Políticos rejeitados pela vontade popular nas urnas voltam a ocupar cargos em Feira de Santana/ Sérgio Jones

O conceito e a ideia de que o poder político emana do povo soberano não deixa de ser uma grande peça de ficção no Brasil. Em toda essa peça burlesca, o povo tem um papel secundário. São como peões em tabuleiro de xadrez, por não dispor de vontade própria, são manietados de acordo com os interesses de seus jogadores.

O mais angustiante é que a prática é sempre a mesma, os atos espúrios são praticados por uma inexpressiva casta de manipuladores. Em detrimento dos mais legítimos e reais interesses da coletividade.

O papel do cidadão brasileiro tem uma única finalidade, referendar um modelo político de democracia que atende apenas aos interesses dos poderosos, enquanto significativa parte da população chafurda e agoniza de forma lenta na indigência social.

Toda essa estratégia é articulada sistematicamente por um pequeno grupo de parasitas, que vivem nababescamente às custas do suor do povo.

Podemos citar como exemplo decisões adotadas pelo povo nas urnas em que nomes de determinados candidatos foram sumariamente rejeitados, mesmo diante dessa realidade irrefutável, a escolha e o desejo popular vem sendo ignorado, em todo o território nacional.

Caso cristalino vem acontecendo na província de Feira de Santana. Vereadores não eleitos no último pleito, voltam a exercer o cargo graças artimanhas realizadas pelo executivo que malandramente passa a convocar vereadores eleitos para assumirem secretarias.

Este jeitinho brasileiro permite que candidatos à reeleição que não teve os seus nomes aprovados pela maioria do povo nas urnas, retornem aos seus cargos.

Ficando na condição de suplentes dos vereadores eleitos e estes cooptados pelo executivo para ocuparem determinadas secretárias, abre-se uma brecha no sistema que os torna aptos a retornarem aos cargos para os quais não foram eleitos.

O ardil visa atender interesses do prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins e de seu grupo político. O que lhes garantem uma confortável e servil maioria na Câmara Municipal do município. fazendo com que os denominados representantes do povo se voltem para atender os seus próprios e mesquinhos interesses.

Diante das distorções existentes expostas urge a necessidade de uma reforma política imediata, que vise por fim a este aleijão político que atende pelo nome de reeleição, dentre muitos outros vícios existentes.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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