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Racha entre Progressistas beneficiam os conservadores em Feira/por Carlos Lima

Luta contra si mesmo

O grupo, criado recentemente, Frente Democrática Progressista de Feira de Santana, (FDPFS) com a participação de quatro partidos políticos, PCdoB, PV, PSB e Rede, em coletiva realizada, na quinta- feira (6), no plenário da Câmara Municipal, definiu que até o mês de maio apresentarão o seu candidato a prefeito no município.

De antemão já se sabe que dois nomes estão sendo avaliados pelo grupo, o ex-deputado Ângelo Almeida (PSB) e o vereador Roberto Tourinho (PV).

O candidato do PT, já definido, deputado federal Zé Neto, continua realizando contados partidários para consolidar uma coligação no Campo Progressista, mesmo com o surgimento dessa surpreendente Frente que se manifesta contrária à sua candidatura.

A posição adotada pelos quatro partidos é legítima, estrategicamente não podemos avaliar se positiva ou não, para um confronto com o grupo político que comanda o município.

Com essa divisão no campo progressista fica claro que a disputa é interna, o esforço político é não permitir que Zé Neto chegue ao poder, e, não realizar mudanças significativas na administração política e financeira da gestão municipal.

Esse entendimento ganha às ruas e os comentários são amplamente negativos no sentido do fortalecimento da credibilidade e confiança em mudar.

Não pense que, até o momento, essas duas candidaturas progressistas podem cooptar votos suficientes do grupo dominante, mesmo que Ronaldo apresente um nome novo.

Estão fatiando e fragilizando o feixe de lenha a um punhado de gravetos. Enfraquecem os argumentos da militância e se despedem dos indecisos.

Esse é o sentimento de momento, do atual processo eleitoral em Feira de Santana.

A campanha perde oxigênio e fica a esperança reduzida a uma visão restrita a interesses de poucos que só enxerga o próprio umbigo.

Quando os eleitores, de forma mais politizada ou não, deixam de acreditar nas mudanças propostas, eles  não criem falsos argumentos para justificar mais uma derrota.

No momento não existe certeza de que a eleição seja vencida no primeiro ou que tenha segundo turno.

Quando a falta de unidade política nas esquerdas deixarem de ser prática contumaz, podemos vislumbrar uma possibilidade de transformação administrativa e política no município de Feira de Santana.

Carlos Lima

 

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