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Simão Almeida, um legado de luta pela democracia e pelo povo

Morreu Simão Almeida, revolucionário paraibano

O histórico militante político paraibano e dirigente do PCdoB, Simão Almeida morreu n

a quarta-feira (29). Aos 77 anos, Almeida, ex-deputado estadual e que exercia a função de diretor-presidente da Junta Comercial da Paraíba, estava internado desde o início de dezembro para tratamento de complicações decorrentes da Covid-19.

No início da tarde de quarta-feira (29), sua morte encefálica foi anunciada e o óbito foi oficializado no início da noite.

O quadro clínico do ex-deputado piorou há cerca de dez dias, o que o levou a ser internado, mas seu quadro clínico se agravou.

Para tentar reverter a situação crítica, a equipe médica iniciou o tratamento com hemodiálise e o transferiu para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não foi suficiente para mantê-lo vivo.

Em nota, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, lamentou a morte de Simão Almeida, em nome de todos os parlamentares e servidores do Poder Legislativo Paraibano.

“Neste momento de dor para toda a família, nos solidarizamos com os familiares e amigos de Simão Almeida, um grande político do nosso Estado, que deixa grandes lições e um legado de trabalho e luta pelo povo da Paraíba”, ressaltou.

O governador da Paraíba, João Azevedo, também lamentou a morte de Simão Almeida, colaborador da sua gestão.

O governador destacou a trajetória política de Simão Almeida e disse que ele parte “deixando uma história de luta pela democracia e por um estado mais justo e igual”.

A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos emitiu nota de pesar onde destaca que Simão “representou com garra e sabedoria nossa legenda em várias eleições, e muito contribuiu para elevar o nível de organização e mobilização da classe trabalhadora e do povo paraibano”.

O também militante histórico, Luciano Siqueira, camarada e amigo de Almeida há cinco décadas, o definiu como “um revolucionário na vida e na militância partidária, firme e generoso em sua opção militante”.

Para Siqueira, o ex-deputado paraibano norteou a sua vida por um projeto de nação soberana e socialista e de emancipação da classe trabalhadora e, portanto, “estará sempre presente, inspirando nossa luta”.

Na integra nota do PCdoB

Às vésperas do Ano Novo, nesta quarta-feira (29), faleceu Simão de Almeida Neto, destacada liderança política da Paraíba e histórico dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Quando veteranos da estirpe valiosa do camarada Simão partem, a notícia dolorosa nos impacta — nos tira o chão dos pés.

Neste momento difícil, abraço afetuosamente sua companheira Marinês, e seus filhos: Emília, Camila, Virgínia, João Pedro, João Maurício e Gabriel.

Rendo, igualmente, meus sentimentos aos camaradas, amigos e amigas da Paraíba.

Simão tinha 77 anos e faleceu vítima da Covid-19 e teve morte encefálica. Por quase meio século, foi dedicado militante do PCdoB, tendo sido membro de seu Comitê Central. Foi deputado estadual pela Paraíba, gestor público em várias funções e um dos principais edificadores do Partido no estado.

Representou com garra e sabedoria nossa legenda em várias eleições, e muito contribuiu para elevar o nível de organização e mobilização da classe trabalhadora e do povo paraibano.

Simão começou sua militância social e política nos anos 1960, no movimento estudantil secundarista, na cidade de Campina Grande. Trilhou o mesmo caminho de muitos outros expoentes de sua geração: militou na JEC (Juventude Estudantil Católica), na JUC (Juventude Universitária Católica), na Ação Popular (AP) e, por volta de 1973/74, entrou com seus camaradas da AP no PCdoB.

Clandestino, participou da resistência contra a ditadura militar. Durante anos, trabalhou e morou na região do Bico do Papagaio, antigo norte de Goiás, hoje Tocantins, participando de tarefas relacionadas à Guerrilha do Araguaia.

Depois da Anistia, em 1979, retornou à Paraíba, tornando-se uma liderança política respeitada pelo campo democrático e progressista, e muito querido pela militância comunista.

Soube associar o papel de liderança política com o trabalho de construção do Partido, quando ajudou a formar novas gerações de revolucionários/as.

O Partido Comunista do Brasil chega ao seu Centenário pelo legado de lideranças da estatura de Simão Almeida Neto.

Simão, presente, hoje e sempre!

Recife, 29 de dezembro de 2021.

Luciana Santos

Presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Com informações do Portal PCdoB, do G1 e do cljornal

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