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Suposto caso extraconjugal de Damares, revelado por bolsonarita pode gerar sua queda

Damares acusada de relação sexual extraconjugal

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, é alvo de várias acusações do seu ex-aliado, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio.

O jornalista assina uma carta enviada para 30 pessoas, incluindo pastores, com várias denúncias. No documento, ele acusa Damares de usá-lo para campanhas de difamação contra adversários e aponta a ministra como ex-amante do pastor Humberto Lúcio Lima.

Segundo a Veja, Damares confirmou a relação extraconjugal a pessoas próximas, mas conta que não sabia que o pastor Lima era casado.

O namoro teria acontecido no fim de 2014. Procurada pela revista, ela não quis comentar a carta, nem adiantou se já tomou ou pretende tomar medidas judiciais contra o jornalista.

Eustáquio acusa Damares ainda de ter encomendado uma “reportagem negativa” a respeito do pastor e deputado Marco Feliciano, na época em que ele era um dos cotados para assumir o ministério hoje comandado pela pastora.

“Damares me ligou e pediu para que eu escrevesse essa reportagem, me apresentou elementos e disse que seria importante ‘tirar Feliciano do caminho’”, escreveu Eustáquio, que afirma ter levado a missão adiante, publicando uma matéria sobre casos de amantes e filhos que o pastor supostamente sustentava fora do casamento.

Os casos nunca foram comprovados.

Dizendo-se arrependido, Eustáquio procurou Feliciano para pedir desculpas.

“Como cristão, quando libero perdão, coloco o assunto no esquecimento”, disse o deputado à Veja, sem se prolongar.

Já o pastor Silas Malafaia, também próximo do governo, repercutiu a carta com um tom mais pessimista para Damares.

“Tem que ver isso se é verdade, não estou dizendo que é. Mas, se for, ela pode cair”, disse.

Ainda que não tenha sido completamente comprovada, a história já tem desgastado a imagem Damares dentro do mundo evangélico.

Em 3 de junho, o pastor youtuber Anderson Silva leu na íntegra a carta de Eustáquio em uma live que teve mais de 200 mil visualizações.

O vídeo da transmissão é intitulado “a imoralidade sexual da liderança evangélica brasileira”.

Outros religiosos, no entanto, saíram em sua defesa.

“Conheço poucas pessoas tão íntegras como a ministra. De uma vida moral ilibada”, comenta o apóstolo César Augusto, também próximo do Palácio do Planalto.

O conflito entre Eustáquio e Damares começou em setembro do ano passado, quando a ministra tratou de se afastar do jornalista, que está no mira Supremo Tribunal Federal (STF) por promover ataques à Corte.

Eustáquio é alvo do inquérito dos atos antidemocráticos e atualmente cumpre prisão domiciliar, após duas passagens pela cadeia.

A segunda vez que esteve no cárcere foi após descumprimento da medida.

Eustáquio, que cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, esteve em reunião com a ministra para tratar sobre violações aos direitos humanos.

Na versão de Damares, ele “forçou” o encontro e não tinha autorização para tal. Já Eustáquio nega e acredita ter sido vítima de uma armadilha.

Na época, o chefe de gabinete de Damares mandou um ofício ao ministro do STF Alexandre de Moraes alertando sobre “provável descumprimento de decisão judicial” por parte de Eustáquio.

Três dias depois, Moraes deu nova ordem de prisão. A situação foi o estopim para o conflito entre os dois.

MARIA EDUARDA PESSOA

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