Nunca se falou tanto como agora na expectativa de conclusão do BRT, mas ao que parece não vai acontecer tão cedo, o tema só voltou à baila por ser ano eleitoral.
A Via Engenharia, responsável pela obra de todas as estações do sistema de transporte se reporta de forma fracionada a conclusão de algumas como a da estação de transbordo do BRT da Avenida Nóide Cerqueira, que está prevista para ser concluída até o final deste mês.
O que o prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins, busca com a divulgação do ato, é obter dividendos eleitorais. Importante frisar que algumas dessas estações, antes mesmo de suas conclusões, já estão tendo as suas estruturas físicas danificadas por ações de vândalos. Como o financiamento é público, não tem recebido e nem merecido atenção devida, que a situação exige.
Enquanto isso o sistema de publicidade prossegue, as promessas se multiplicam e o povo, principal interessado, continua sofrendo com a incúria de um governo improbo e incompetente, que tudo faz para continuar usufruindo das benesses que o poder proporciona.
O que não se entende e não se explica é a trama verborrágica utilizada justamente quando o que está em xeque é a péssima qualidade do nível de transporte coletivo ofertado no município, que já atravessa décadas.
Sendo um dos principais gargalos do setor a falta e carência do número de ônibus necessário para atender dignamente à população. Enquanto se fala exaustivamente nas instalações das estações de transbordo, espalhados pela cidade.
Todo esse processo de enganação tem custado caro para o contribuinte. E a sua implantação se assemelha a tentativa de se construir uma casa que ao invés de começar pelos alicerces e suas fundações, querem começar o trabalho pela implantação do telhado.
Ao que tudo leva a crer, o processo de tapeação vai perdurar ainda, por muito tempo. Pelo menos se o povo estupidamente conceder nas urnas, a continuação desse carcomido grupo político que aí está. Chega de Zé Ronaldo e seus seguidores. Feira de Santana merece respeito e uma atenção mais dignas e seria por parte dos políticos. Temos como mudar essa triste realidade, é agora ou nunca.
Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com