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Thiago Braz leva ouro no salto e Isaquias Queiroz conquista a prata na canoagem para o Brasil

Ainda é difícil acreditar. Depois de tantas frustrações nas grandes competições, Thiago Braz desencantou justamente na maior de todas. No Estádio Olímpico da Rio 2016, com a maior pressão já enfrentada na carreira, o brasileiro quebrou os limites do corpo e da mente. Rompeu da barreira dos seis metros, desbancou o favorito Renaud Lavillenie e sagrou-se campeão olímpico do salto com vara. Foi uma noite para não esquecer jamais.

– Foi um milagre. Estou muito contente pela conquista, pelo meu salto, pelo tempo que fez. Choveu, parou, ventou, parou… Tudo funcionou para que desse certo. Estou muito feliz com a vitória. Minha vida mudou, mas nem sei como mudou ainda. Daqui para frente, vou percebendo um pouco como isso vai ficar. Uma medalha olímpica era muito importante até para a continuidade da minha carreira. Para continuar meu trabalho lá fora, dependo de apoio. Estou muito feliz com o que aconteceu, disse Thiago.

Nascido em Ubaitaba (BA), que em tupi-guarani significa “Cidade das Canoas”, Isaquias Queiroz atingiu o Olimpo como um verdadeiro centauro das águas. Em menos de quatro minutos, mais precisamente em 3m58s529, 1s603 atrás de Sebastian Brendel, da Alemanha, que ficou com a medalha de ouro, o brasileiro cruzou os 1000m da raia da Lagoa Rodrigo de Freitas para escrever seu nome no livro de ouro do esporte (veja como foi a prova no vídeo abaixo). A medalha de prata, primeira do Brasil na modalidade em uma Olimpíada, confirma o destino do canoísta. Nascido onde quem não rema não vive, Isaquias tornou-se, nesta terça-feira, imortal.

izaquias

– É muito gratificante. É medalha de prata, mas para mim tem gosto de ouro. É uma batalha que venho trilhando há muitos anos. Vem mais por aí. Vamos esperar. Quero sair daqui com três medalhas no peito – disse Isaquias logo após a prova.

Amanda Kestelman, Cahê Mota e Helena Rebello/Marcelo Russio, Gabriel Fricke e Alexandre Aliatti

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