Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
É preciso lutar pela união das Potências Maçônicas. Não estou falando de fusão, cada uma com ao seu esforço de tradição, seu patrimônio e suas características próprias. Mas não e pode negar que todos sejam Maçons, com o mesmo ideal e a mesma irmandade.
Pensemos a regularidade, talvez uma única palavra semestral, Rituais únicos para um mesmo Rito, ou não, isso seria definido em uma ampla reunião de Conselhos.
O nosso objetivo precípuo é o Homem é a humanidade, não podemos nos distanciar desses objetivos, coma condenável e inadmissível prática da vaidade de poder.
Não é preciso repetir que o Altar Maçônico é Salsa Ardente. É impossível compreendermos que Maçons façam campanha para não reconhecer Lojas Maçônicas, como também é inacreditável que Maçons sejam proibidos de frequentar outras Lojas por que pertencem a outras Potências Maçônicas.
A Maçonaria precisa se adequar ao presente para construir o futuro a partir do Agora e do passado que convém ser lembrado.
Será que a Igreja católica, uma instituição milenar, constrói o seu futuro lembrando-se da inquisição, das cruzadas e de suas ações equivocadas ao longo dos séculos?
Hoje ela pede perdão pelas suas atrocidades no passado!
A Maçonaria Universal defende a prática de uma Maçonaria de Resultados e não Doméstica. O único compromisso que se pode ter em matéria de ideias é com a busca da verdade. Toda ideia tem que ser posta em causa, questionada, sobretudo na Maçonaria.
Falamos muito em crise nos tempos atuais, e esquecemos as nossas. Temos os mesmos princípios filosóficos, a mesma formação e a mesma história, e nos separamos mesmo pregando uma irmandade indissolúvel.
Não podemos cruzar os braços, se nos consideramos verdadeiros Maçons.
O Livro das Constituições de 1723, em “As obrigações de um Maçon livre, diz que a Loja Maçônica, centro de união, congrega pessoas de todos os credos, raças, ideologias e formações profissionais, constituindo-se, por isso, em foro ideal para a discussão dos problemas do homem.”
Sem deixar de lado a busca pela verdade e sendo justo nas suas atitudes ao Maçon, homem de seu tempo, vivendo a prevalência da desumanidade, da mentira, violência, injustiça, corrupção e do materialismo sobre os valores maiores, convivendo com a miséria, com a indignidade e coma impunidade, a ele compete ser o primeiro, entre os homens, a influir na solução destes problemas.
O político Maçon da atualidade não foi forjado na salsa ardente que é o Templo Maçônico. Eles não têm nenhum compromisso com a Ordem, nem mesmo com a coletividade. Profanos de Avental e são milhares no mundo político e fora dele.
Não permitamos que, a nossa Loja Sabedoria Força e Beleza seja contaminada pela baixa política (praticada por alguns Maçons) que é tão comum nos ambientes administrativos do Brasil e de algumas Potências, tenha guarida e seja desenvolvida, como vem sendo, imperceptível, sob o manto da astúcia e da dissimulação.
Contra esse tipo de comportamento sejamos uma frente sólida e poderosa de oposição contra essa prática dentro e fora da Maçonaria.
Isso me fez lembrar uma passagem do livro “Maçons e Maçonaria – O amanhã Feliz, que diz: Há sempre algo de triste e funéreo no agonizar do dia. Morre a luz para dar expansão às trevas, até que, na abóbada celeste, sejam acessas lâmpadas divinas que as aformoseiam com suas radiosidades surpreendentes”.
Carlos Lima
