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Weintraub: educador deseducado/ Por Sérgio Jones*

Declarações feitas pelo ministro da educação, Abraham Weintraub causa desconforto ao Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte que em represália quer acionar a União para que pague indenização no valor de R$ 5 milhões. O órgão considera que estudantes e professores. São constantemente desrespeitados, o que resulta em danos morais coletivos e ofende a honra dos alunos e professores de instituições federais de ensino.

Este é mais um dos graves equívocos cometido pela equipe confusa e desordenada, que integra o governo bolsonarista. Governo inepto e totalmente alienígena aos problemas, que afetam milhões de brasileiros e brasileiras. Outro aspecto a ser considerado é que os constantes desencontros, deste governo de faz de conta, vêm se tornando responsável pelo desmonte das instituições sociais existentes no país, que já não são tão eficientes.

Outro ponto a ser considerado é com relação a outras justificativas feitas pelo então ministro, todas elas voltadas para denegrirem a imagem das próprias instituições de ensino superior e, no contexto dessa ação, a dos próprios alunos e professores, quando postura oposta deve ser a esperada.

Dentre as propostas consideradas não aceitáveis, destaques para os cortes no orçamento das universidades federais, sob pseudos argumentos objetivando contingenciar gastos. Entre outras falácias tipo, os estudantes e professores promovem “balbúrdia com dinheiro público”. O que deixa transparecer é que existe uma ampla e perversa inversão de valores. Até onde é do conhecimento geral, a tal “balbúrdia” a qual se refere ele, ocorre nas hostes do atual desgoverno.

Além de anunciar os cortes, o ministro, ao que tudo deixa transparecer, está empenhado em promover uma perseguição de caça às bruxas. Ele, que é de extrema direita, está utilizando métodos stalinistas ao se dirigir às redes sociais na quarta-feira (29), pedir que os pais denunciem professores que estariam “coagindo” alunos da rede pública a participar dos atos.

Nunca antes um pensamento se tornou tão atual quanto o expressado, em algum momento, pelo educador Paulo Freire: “Seria uma atitude ingênua espera que as classes dominantes desenvolvam um modelo de educação que proporcione às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica”.

Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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