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A construção civil foi para o brejo e sabe que não vai sair dele

O declínio da construção civil

Ontem, propôs-se aqui o Prêmio Nobel de Economia fosse dado a quem conseguisse produzir crescimento econômicos sem investimento.

Hoje, a Fundação Getúlio Vargas mostra que a indústria da construção civil – a que mais rápido responde em atividade e em emprego – não tem a menor confiança e que 60,9% das empresas acham incerta a execução dos programas de investimentos previstos para os próximos doze meses é incerta no quarto trimestre de 2016, 16,7 pontos acima do que se registrava em 2015.

O setor está parado, com capacidade ociosa no maior nível já  registrado, série histórica desta pesquisa, iniciada em abril de 2013.

Só 63,1% de seu potencial está utilizado.

E vai piorar, porque a PEC dos Gastos, a retração dos desembolsos do BNDES e, agora, de quebra, a descapitalização do FGTS – a retirada dos depósitos miúdos não é nada, mas a dos grandes é dinheiro na veia para os fundos dos bancos – prenunciam a quase “estagnação” dos investimentos, seja em infraestrutura, seja no setor habitacional.

Fernando Brito

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