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Bolsa Família sem reajuste. Meirelles veta “bondade” de Temer

O governo Michel Temer decidiu suspender o reajuste do Bolsa Família que pretendia anunciar em julho.

O presidente queria conceder um aumento de 4,6% no benefício como um dos instrumentos para ganhar popularidade, mas a área econômica avaliou que, em meio à crise financeira, não há espaço no Orçamento para isso.

O plano original do governo era anunciar um reajuste do Bolsa Família de 4,6% –um ponto percentual acima da inflação registrada nos últimos doze meses.

Em maio, o ministro Osmar Terra disse à Folha que o aumento seria oficializado em julho.

Sem “economês”: o governo não tem dinheiro e está sabendo que as contas de 2017 não fecham no “rombo” de R$ 140 bilhões previstos,

E olha que o reajuste não daria muito mais que R$ 600 milhões.

Óbvio que isso não resolve nada e o “gargalo” é que os R$ 50 bilhões que o Governo precisa obter com privatizações, concessões e repatriação de recursos sofrem o efeito da perda de credibilidade da administração Temer e caíram de preço, por isso.

Para vender, só a preço de banana.

Medidas duras para aumentar a arrecadação, porém, estão interditadas até que Temer consiga rejeitar as denúncias da PGR na Câmara.

As contas de maio foram desastrosas e as de junho, segundo as projeções. não serão menos.

A repatriação de recursos – que tem de ser dividida ao meio com os Estados – não passou de R$ 13 bilhões contra uma expectativa inicial de R$ 30 bi.

A reoneração fiscal de 50 setores da economia ficou para 2018.

Temer tem mais ameaças do que aquelas vindas do caso JBS.

Fernando Brito

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