Em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, o presidente eleito Jair Bolsonaro criticou o jornal Folha de S.Paulo: “por si só, esse jornal acabou”.
Ao responder a questionamentos do apresentador William Bonner: “O senhor sempre se declara um defensor da liberdade de imprensa, mas, em determinados momentos, chegou a desejar que um jornal deixasse de existir. Como presidente eleito, o senhor vai continuar defendendo a liberdade da imprensa e a liberdade do cidadão de escolher o que ele quiser ler, o que ele quiser ver e ouvir?”
Ao responder, Bolsonaro disse ser a favor da liberdade de expressão.
“Sou totalmente favorável à liberdade de imprensa”, respondeu. Contudo, disse que há a questão da propaganda oficial de governo, “que é outra coisa”.
Bolsonaro aproveitou para levantar o assunto do “Assaí da Wal”. Segundo ele, “o jornal Folha de S. Paulo foi lá, nesse dia, 10 de janeiro, e fez uma matéria e a rotulou de forma injusta como funcionária ‘fantasma’”.
Bolsonaro prosseguiu: “Não quero que a Folha acabe. Mas, no que depender de mim, imprensa que se comportar dessa maneira indigna não terá recursos do governo federal”. O presidente eleito, depois, completou: “Por si só esse jornal se acabou”.
Na sequência da entrevista à Globo, Bolsonaro fez nova acusação contra o jornal. “Inclusive a última matéria, onde eu teria contratado empresas fora do Brasil, via empresários aqui para espalhar mentiras sobre o PT. Uma grande mentira, mais um fake news do jornal Folha de S. Paulo, lamentavelmente”, afirmou.
Nessa entrevista ficou claro que: quem tiver opinião contrária ao governo sofrerá retaliações, ou no mínimo, não contará com verbas federais.