O corte foi o segundo de uma taxa importante chinesa nesta semana e ocorreu um dia após o presidente do banco central do país, Yi Gang, afirmar que Pequim aumentaria o apoio ao crédito e reduziria as taxas de empréstimos reais, à medida que a pressão sobre a segunda maior economia do mundo aumenta.
Com o crescimento desacelerando para o menor ritmo em quase 30 anos e um acordo comercial parcial com os EUA se mostrando difícil, a China lentamente aumentou seu ritmo de flexibilização das políticas nas últimas semanas.
A taxa de um ano, estabelecida pelo Banco Popular da China com base em cotações de um painel de bancos, caiu para 4,15%, de 4,20% em outubro. A taxa de cinco anos foi reduzido a 4,80%, de 4,85%.
A LPR de um ano foi reduzida três vezes desde que se tornou a referência oficial de empréstimos em agosto, e os cortes duplos desta semana sugerem que o BC chinês está disposto a avançar com a redução dos custos de financiamento em toda a curva, apesar das pressões inflacionárias devido ao aumento dos preços da carne suína em razão do surto de peste suína africana.
Todos os 64 participantes de uma pesquisa feita pela Reuters nesta semana previram uma redução na taxa de um ano, que é definido no dia 20 de cada mês. Trinta e sete entrevistados também esperavam que a taxa de cinco anos fosse cortada pela primeira vez.
Bolsas da China caem com receios sobre negociações comerciais
As bolsas na China fecharam em queda nesta quarta-feira (20), em meio a renovadas preocupações sobre as negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, depois que Pequim condenou uma medida do Senado dos Estados Unidos em apoio a manifestantes antigovernamentais no centro financeiro asiático.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1%, enquanto o índice de Xangai perdeu 0,8%.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que os EUA deveriam parar de interferir nos assuntos chineses e de Hong Kong.
A China condenou a aprovação de um projeto de lei pelo Senado dos EUA com o objetivo de proteger os direitos humanos em Hong Kong, em meio a confrontos entre manifestantes pró-democracia e polícia.
Sinais conflitantes de Washington e Pequim nos últimos dias frustraram as esperanças do mercado sobre um desfecho no embate comercial entre as duas economias. O presidente Donald Trump disse que os Estados Unidos aumentariam as tarifas sobre as importações chinesas se nenhum acordo for alcançado com Pequim.
Reuters