Ontem, falando na linguagem que as pessoas entendem e não no economês com que se as engana, mostrou-se aqui que a queda da inflação é, pura e simplesmente,resultado da paralisia econômica do país, o que é reconhecido até pelo Banco Central.
Hoje, a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE espelha este fato – ou melhor, espelhava, porque de outubro para cá tudo só fez piorar.
O volume das vendas no comércio varejista s recuou 0,8% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste sazonal, o recuo foi de 8,2%, a 19ª taxa negativa consecutiva e acumulando -6,7% no ano e de -6,8% nos últimos 12 meses.
É o pior resultado desde 2001.
O varejo ampliado, que inclui automóveis, autopeças e material de construção, recuou 0,3% na série com ajuste sazonal e caiu 10,0% em relação a outubro de 2015.
Para lembrar aos desmemoriados: outubro de 2015, sob a teimosia “cortante” de Joaquim Levy, já foi um desastre.
A vaquinha da economia brasileira está morrendo de inanição e hoje os senhores senadores vão cortar mais – e por 20 anos – o tiquinho de capim que lhes dão os gastos públicos.
Está certo: só o que não pode se “cortar” através de impostos são os ganhos financeiros, os dividendos embolsados, as heranças milionárias, as Ferrari, o caviar.
Fernando Brito