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“CONFIANÇA” NÃO VOLTOU E A ECONOMIA SEGUE DOENTE

A despeito de toda a torcida dos veículos de comunicação que se engajaram no projeto Temer-Meirelles, a economia brasileira segue em estado de apatia absoluta.

Nesta segunda-feira, soube-se que o terceiro trimestre começou com retração da economia, quando o mercado esperava uma ligeira alta; em 12 meses, a queda da atividade econômica soma inacreditáveis 5,61% – o que transforma a recessão brasileira na maior do mundo.

“Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa: ‘PIB cai, apesar da recuperação econômica’”, ironiza Fernando Brito, editor do Tijolaço.

Em 2015, quando o Congresso sabotou o governo Dilma e apostou no “quanto pior, melhor”, Brasil perdeu 1,5 milhão de empregos.

Leia, abaixo, análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço:

“Prévia do PIB”: nova queda, em lugar da alta “esperada”

POR FERNANDO BRITO · 19/09/2016

Dá vontade de escrever, aos moldes dos títulos de nossa grande imprensa:

“PIB cai, apesar da recuperação econômica”.

Pois não é outra a leitura do IBCR divulgado hoje pelo Banco Central.

Queda de 0,09%, quando o “mercado” esperava alta de 0,3%, na média.

A “melhora” no acumulado nos sete primeiros meses do ano, para não dizer que é falsa, é pífia: de  -5.65% em janeiro/julho de 2015 para, -5,61% no período igual de 2016.

É claro que o ano não se encerrará neste patamar, porque o segundo semestre é comparação de desastre com hecatombe.

Na coluna de Miriam Leitão lê-se um cândido ” a atividade está distante do seu pico”.

Até o dono do botequim da esquina sabe disso.

Os estados, falidos, correm atrás do que lhes restou: autorização para endividarem-se em mais R$ 20 bilhões.

Como já não tem para pagarem o que deve, com suas arrecadações em queda generalizada (veja a tabela acima, publicada pelo Valor), imagine-se o custo do dinheiro.

E, é claro, para gastar no custeio, não em investimentos, que gerem renda e emprego.

Mesmo a PEC do Garrote, que limita o gasto público à inflação não reduz, nos primeiros tempos, o crescimento do déficit: se a despesa sobe tanto quanto a inflação e a receita cresce menos do que esteindice, um garoto de primário conclui que o déficit  aumenta.

Isso sem contar o “efeito terror”, que a Folha registra hoje: um aumento de 25% nos pedidos de aposentadoria, elevando o déficit da previdência no curto prazo.

Leonardo Attuc

 

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